Bolsonaro realiza exames médicos em Brasília durante prisão domiciliária
- Beatriz S. Nascimento
- há 9 horas
- 2 min de leitura

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro deixou, este sábado, 16 de agosto, a residência onde cumpre prisão domiciliária para realizar uma série de exames médicos num hospital privado de Brasília. A saída temporária foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mediante a exigência de apresentação de atestado de comparecimento ao Hospital DF Star.
Avaliação médica e exames
De acordo com a equipa de defesa de Bolsonaro, o ex-chefe de Estado tem manifestado sintomas de refluxo e “soluços refratários”, o que motivou a realização de uma avaliação clínica mais aprofundada. O procedimento incluiu exames laboratoriais como análises de sangue e urina, bem como exames de imagem, nomeadamente endoscopia e tomografia. Os exames deverão durar entre seis a oito horas.
Ao ser interpelado por jornalistas na saída de casa, Bolsonaro recusou prestar declarações.
Prisão domiciliária e acusações
Bolsonaro encontra-se em prisão domiciliária desde 4 de agosto, no âmbito de uma investigação que apura a sua alegada participação em ações destinadas a incentivar sanções internacionais contra a economia brasileira. O STF determinou a medida após considerar que o ex-presidente violou restrições anteriores, o que levou também à proibição de visitas não autorizadas e à apreensão dos seus dispositivos eletrónicos.
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa com o intuito de romper com o Estado Democrático de Direito, mantendo-se no poder apesar da derrota nas eleições de 2022.
Julgamento agendado
A primeira sessão de julgamento do caso está marcada para o dia 2 de setembro pela Primeira Turma do STF. Bolsonaro responde por diversos crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, formação de organização criminosa armada, dano qualificado ao património público e deterioração de bens tombados.
A defesa do ex-presidente nega todas as acusações e alega perseguição política. O caso tem gerado grande atenção nacional e internacional, simbolizando um momento decisivo para a democracia brasileira.
B.N.
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