Cessar-fogo entre Hamas e Israel mantido após troca de reféns
- Monica Stahelin
- 26 de fev.
- 2 min de leitura
O cessar-fogo entre Hamas e Israel permanece em vigor após um acordo para avançar com a troca de reféns, com a libertação de 620 palestinianos, incluindo 23 crianças, que estava inicialmente suspensa. As autoridades confirmaram que a transferência será realizada depois de uma pausa no processo, causada pela crítica de cerimónias de "liberação" organizadas por Hamas.
Avanço na troca de reféns e acordo com mediadores egípcios
Segundo os relatos, Hamas irá entregar os corpos de quatro reféns israelitas aos mediadores egípcios, sem qualquer cerimónia, como parte da troca. Ainda não está claro quando a transferência ocorrerá, mas algumas fontes indicam que a entrega pode acontecer já na noite de quarta-feira.
No início da semana, as negociações para o cessar-fogo ficaram em risco, quando Israel decidiu suspender a entrega, acusando Hamas de realizar cerimónias de “liberação” que incluíam imagens de reféns israelitas, em aparente demonstração de simpatia pelos sequestradores. Como resposta, Israel anunciou que a libertação dos 620 palestinianos não prosseguiria até que a liberação dos próximos reféns fosse garantida, sem a presença de cerimónias "degradantes".
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Acusações de violação do cessar-fogo e negociações em Cairo
Hamas, por sua vez, acusou Israel de violação grave do cessar-fogo, afirmando que a discussão sobre a segunda fase da troca só poderia avançar após a libertação dos prisioneiros. Após intensas negociações em Cairo, um acordo foi alcançado, permitindo que a liberação prosseguisse, sem comprometer o delicado cessar-fogo que, embora esteja em vigor desde janeiro, expira no próximo fim de semana, a menos que seja acordada uma prorrogação.
Embora as negociações para um fim definitivo da guerra tenham sido agendadas, pouco progresso foi feito. Israel foi acusado de violar o cessar-fogo em várias ocasiões, tendo já adiado a libertação de centenas de palestinianos e deslocado milhares de civis palestinianos na Cisjordânia, durante ofensivas militares ilegais, mesmo com a trégua em vigor.
Desde o início da campanha militar israelita há 15 meses, mais de 48.000 palestinianos, a maioria mulheres e crianças, perderam a vida. O cessar-fogo de janeiro trouxe uma aparente paz à Faixa de Gaza, mas os milhões de habitantes da região continuam a lutar para reconstruir suas vidas entre os escombros.
A primeira fase do cessar-fogo, com duração de 42 dias, está prestes a terminar no sábado, e a continuação do acordo e a entrada na segunda fase, com mais liberação de reféns, agora depende de uma série de desenvolvimentos que ainda estão por definir. Embora as negociações de paz estivessem previstas para começar na semana passada, o avanço tem sido escasso, e o governo israelita sugeriu recentemente que está preparado para retomar os ataques militares a qualquer momento. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou: "Estamos prontos para voltar ao combate intenso a qualquer momento. Os planos operacionais estão prontos."
M.S.
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