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Ex-traficante alerta britânicas: 'Não sobrevivem lá

Michaella McCollum
Ex-traficante alerta britânicas: 'Não sobrevivem lá © AP

Michaella McCollum, cidadã britânica que cumpriu três anos numa prisão peruana por tráfico de droga, voltou a falar publicamente para alertar sobre as consequências severas deste tipo de crime, sobretudo as condições desumanas que se enfrentam em prisões fora do Reino Unido. A ex-traficante, detida em 2013 quando tentava transportar 12 kg de cocaína de Ibiza para o Peru, descreveu a sua experiência como um “inferno” e apelou à consciência dos jovens britânicos.


Após ter sido condenada a seis anos e oito meses de prisão, Michaella conseguiu liberdade condicional ao fim de três anos e foi expulsa do Peru em 2016. Desde então, participou em dois documentários e lançou um livro onde relata os momentos vividos durante o período de detenção. Agora, volta a dar a cara para sensibilizar o público, especialmente após dois novos casos de jovens britânicas acusadas de tráfico internacional.


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Jovens britânicas enfrentam penas de até 20 anos

Os casos que motivaram o recente apelo de Michaella envolvem duas jovens: Bella May Culley, de 18 anos, acusada de tentar entrar na Geórgia com 14 kg de canábis, e Charlotte May Lee, de 21 anos, detida no Sri Lanka com 46 kg de uma droga sintética conhecida como "kush". As duas mulheres enfrentam penas que podem atingir os 20 anos de prisão.


“Eu não conseguiria cumprir 20 anos numa prisão como aquela onde estive”, declarou Michaella ao MailOnline. “Simplesmente não conseguiria. E é isso que estas raparigas estão a enfrentar.”

A ex-reclusa sublinha que, para além da sentença, as condições prisionais em países estrangeiros podem representar um risco adicional para a saúde física e mental dos detidos. As suas declarações surgem como um alerta urgente num momento em que o tráfico internacional continua a aliciar jovens com promessas de dinheiro fácil, ignorando os perigos reais envolvidos.


B.N.


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