Incêndio em plataforma na Bacia de Campos mobiliza 176 trabalhadores
- Monica Stahelin
- 22 de abr.
- 2 min de leitura

Um incêndio deflagrou na manhã desta segunda-feira, 21 de abril, na plataforma de petróleo PCH-1 (Cherne 1), localizada na Bacia de Campos, ao largo da costa de Macaé, no estado do Rio de Janeiro, Brasil. A bordo da unidade encontravam-se 176 trabalhadores no momento do incidente, segundo informações do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
O fogo teve início pelas 7h25 e só foi controlado por volta das 11h25, após cerca de quatro horas de combate. Equipas especializadas, incluindo embarcações de resposta a incêndios (Fire Fighters), foram mobilizadas para apoiar a acção de emergência, mantendo-se junto à plataforma até à extinção total das chamas.
Durante o episódio, um trabalhador caiu ao mar, tendo sido resgatado com vida pela embarcação de apoio Locar XXII. De acordo com a Petrobras, o trabalhador apresentava queimaduras leves, encontrava-se consciente e recebeu assistência médica imediata a bordo da unidade PNA-1. Foi posteriormente encaminhado para desembarque através de transporte aeromédico.
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Plataforma inactiva desde 2020
A Petrobras confirmou que a plataforma PCH-1 está fora de operação desde 2020, não estando a produzir petróleo no momento do incidente. A companhia informou ainda que todas as 176 pessoas a bordo foram contabilizadas e estão bem. As equipas consideradas não essenciais serão retiradas preventivamente, a fim de permitir uma avaliação detalhada da integridade estrutural da instalação.
Será constituída uma comissão de inquérito para investigar as causas do incêndio.
Sindicato denuncia falta de manutenção
Em comunicado, o Sindipetro-NF manifestou solidariedade ao trabalhador ferido e expressou preocupação com mais este incidente, que classificou como consequência do desinvestimento na manutenção das infra-estruturas da Bacia de Campos.
“A direcção do sindicato tem vindo a alertar, repetidamente, para os riscos do sucateamento das plataformas. O desmonte da indústria petrolífera nacional compromete não só a segurança dos trabalhadores, mas também a sustentabilidade económica do sector”, lê-se na nota divulgada.
M.S.
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