Mãe e filha morrem em atropelamento; caso é atentado em Munique
- Beatriz S. Nascimento
- 16 de fev.
- 2 min de leitura

Uma tragédia abalou Munique no último sábado, 15 de fevereiro, com a morte de uma mulher de 37 anos e sua filha de 2 anos. Ambas foram vítimas fatais de um atropelamento ocorrido na quinta-feira, 13, quando um carro dirigido por um cidadão afegão avançou contra uma manifestação no centro da cidade. O incidente, que deixou pelo menos 39 pessoas feridas, é agora investigado pelas autoridades alemãs como um possível atentado.
Atropelamento durante manifestação do sindicato Verdi
O atropelamento aconteceu durante uma passeata organizada pelo sindicato trabalhista Verdi, com cerca de 1.500 manifestantes participando do ato. O motorista, identificado como um afegão de 24 anos, foi preso no local e segue sob custódia. A procuradora Gabriele Tilmann informou que o suspeito admitiu a intenção de atropelar os manifestantes e que o incidente teve uma motivação de caráter islamista. Após o atropelamento, o homem teria exclamado "Allahu Akbar" (Deus é grande).
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De acordo com a polícia, o carro avançou a mais de 50 km/h sobre os manifestantes, após furar um bloqueio policial. Apesar da rápida ação dos agentes de segurança, que dispararam contra o veículo e detiveram o suspeito, as vítimas fatais foram confirmadas no sábado. O chefe do sindicato Verdi, Frank Werneke, expressou seu choque e consternação pela perda de vidas no ataque, especialmente pela mãe e sua filha, que participavam da manifestação juntas.
Autoridades exigem punição severa e investigam motivação extremista
As autoridades investigam o caso, embora não haja indícios de que o suspeito estivesse ligado a grupos extremistas organizados. O motorista, que chegou à Alemanha em 2016 como menor desacompanhado e recebeu permissão de residência em 2021, não tinha antecedentes criminais relevantes. O governo alemão já se pronunciou sobre a necessidade de punições severas, com o chanceler Olaf Scholz destacando que o agressor deverá ser punido com a máxima rigidez e expulso do país após sua condenação.
O incidente também gerou repercussão nas campanhas eleitorais que antecedem as eleições gerais de 23 de fevereiro. Líderes políticos, como o conservador Friedrich Merz e a candidata da ultradireitista AfD, Alice Weidel, aproveitaram a tragédia para reforçar a discussão sobre segurança e imigração, prometendo endurecer as políticas migratórias no país.
Enquanto as investigações prosseguem, o governo da Baviera e as autoridades federais garantem que a justiça será feita, e que medidas rigorosas serão tomadas para evitar futuros incidentes de violência.
B.N.
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"Não tinha antecedentes criminais relevantes", será que já tinha alguns? Não deveria haver tanta tolerância com pessoas que já tem algum historial criminal. Infelizmente, com situações como essas, as hipóteses de fechar as portas para os estrangeiros que querem trabalhar e se integrar normalmente só vão em aumento, por alguns pagam todos.