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Mulher salta de carro para fugir a agressões do parceiro

Carro
Mulher salta de carro para fugir a agressões do parceiro © DR

Uma mulher foi obrigada a lançar-se de um carro em andamento, em plena via pública, no concelho de Cascais, para fugir às agressões violentas do companheiro. O caso ocorreu no início de abril, mas só esta semana o suspeito, um homem de 46 anos, foi detido pelas autoridades. Após ser presente a primeiro interrogatório judicial, ficou a aguardar julgamento em prisão preventiva.


Um momento de terror em plena estrada

De acordo com a informação avançada pelo Ministério Público, o episódio teve lugar durante uma deslocação de automóvel. O agressor, visivelmente exaltado pelo silêncio da companheira, agarrou-a pelos cabelos e desferiu-lhe vários murros na cabeça, proferindo ameaças de morte. A vítima, aterrorizada e temendo pela própria vida, tomou a decisão extrema de abrir a porta da viatura em movimento e atirar-se para a estrada.


Após a queda, procurou abrigo numa propriedade próxima, onde foi socorrida por pessoas que a encontraram em estado de choque. A rápida fuga terá evitado consequências ainda mais graves. As autoridades foram posteriormente alertadas para a situação, dando início à investigação que culminou com a detenção do agressor.


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Violência prolongada desde o início da relação

Este episódio não é isolado. Segundo o Ministério Público, a mulher era alvo de agressões físicas e psicológicas frequentes desde o início da relação amorosa com o arguido, iniciada em 2022. Pouco tempo depois de começarem a viver juntos, a violência tornou-se constante. As agressões incluíam chapadas, murros em várias partes do corpo — evitando, propositadamente, a cara — e uma sucessão de insultos e humilhações.


O suspeito, sem ocupação profissional e dependente de substâncias estupefacientes e do jogo, vivia num contexto de instabilidade. Esse ambiente teria contribuído para a escalada da violência dentro de casa. Apesar de já ter manifestado anteriormente intenções homicidas, nomeadamente em 2023, quando ameaçou a companheira com armas de alarme guardadas em casa, só agora foi aplicada uma medida de coação mais severa.


Medidas judiciais e investigação em curso

Após a detenção, o indivíduo foi ouvido em tribunal, tendo o juiz de instrução criminal decidido aplicar-lhe a medida de prisão preventiva, a mais gravosa do sistema judicial português, dada a gravidade dos factos e o risco de continuação da atividade criminosa.


O caso está agora a ser investigado no âmbito de um processo-crime por violência doméstica, um dos crimes públicos mais denunciados em Portugal nos últimos anos. A Procuradoria sublinha que os indícios recolhidos confirmam um padrão de comportamento violento e controlador por parte do suspeito.


As autoridades apelam a que todas as vítimas de violência doméstica procurem ajuda junto das forças de segurança ou de instituições de apoio, lembrando que denunciar pode salvar vidas.


B.N.


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