Australiana condenada por assassinato com cogumelos tóxicos
- Monica Stahelin
- 7 de jul.
- 2 min de leitura

Erin Patterson, de 50 anos, foi julgada culpada pelo homicídio da sogra, do sogro e da cunhada da sogra, bem como pela tentativa de homicídio contra outro familiar, numa sessão realizada nesta segunda-feira (7). O crime ocorreu em 2023, numa pequena cidade rural australiana, quando os familiares foram envenenados com cogumelos tóxicos do tipo death cap durante um almoço na casa da acusada.
Detalhes do crime e julgamento
O júri, composto por sete homens e cinco mulheres, reuniu-se a 30 de junho e demorou uma semana para emitir o veredito, que confirmou a culpa de Patterson em todas as quatro acusações. Naquele momento, Erin ofereceu aos convidados porções de Beef Wellington que continham cogumelos tóxicos. Três idosos – Gail Patterson, Donald Patterson e Heather Wilkinson – faleceram, enquanto Ian Wilkinson, esposo de Heather, conseguiu sobreviver ao envenenamento.
Durante o julgamento, que durou dez semanas, a promotoria revelou que a ré teria elaborado quatro farsas para levar a cabo o crime. Inicialmente, Patterson alegou ter cancro para atrair os familiares ao almoço. Em seguida, serviu porções envenenadas, guardando para si uma sem toxinas. Para evitar suspeitas, disse também ter adoecido com a comida e tentou ocultar o crime, destruindo provas e mentindo às autoridades.
Publicidade
Defesa e impacto
Patterson declarou-se inocente, afirmando que as mortes foram acidentais. Explicou ter mentido sobre o cancro por vergonha de revelar que planeava uma cirurgia bariátrica, buscando apoio para contar a decisão aos filhos. Relatou ainda a luta contra transtornos alimentares, como bulimia, e baixa autoestima, justificando não ter adoecido porque teria ingerido compulsivamente um bolo e depois provocado o vómito.
O caso ganhou grande repercussão na Austrália, onde envenenamentos por cogumelos são raros, apesar da presença de espécies perigosas. Erin Patterson foi presa em novembro de 2023, após buscas na sua residência com o auxílio de cães farejadores de equipamentos eletrónicos.
A sentença ainda não foi anunciada, mas poderá incluir prisão perpétua, conforme indicou a agência Reuters.
M.S.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News
Que horror, morte por envenenamento é ainda mais cruel por impossibilitar a auto defesa