Avião com imigrantes ilegais brasileiros deportados pelos EUA chega a Fortaleza
- Beatriz S. Nascimento
- 8 de fev.
- 2 min de leitura
Voo fretado dos Estados Unidos faz escala em Porto Rico antes de aterrissar na capital cearense
Na tarde desta sexta-feira, 7 de fevereiro, a cidade de Fortaleza recebeu o segundo voo de deportação de imigrantes ilegais brasileiros pelos Estados Unidos desde a administração de Donald Trump. A aeronave, fretada pelo governo norte-americano, partiu de Alexandria, na Luisiana, durante a madrugada e fez uma escala em Porto Rico antes de aterrissar na capital cearense às 16h10.
Escolha estratégica de Fortaleza como ponto de chegada
Fortaleza foi escolhida como ponto de chegada devido à sua localização estratégica, sendo o aeroporto mais próximo dos Estados Unidos em território brasileiro. Essa escolha visa minimizar o tempo em que os deportados permanecem algemados durante o voo, um procedimento padrão adotado pelas autoridades americanas para a maioria dos imigrantes deportados, com exceção de mulheres, crianças e homens acompanhados de familiares.
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Tratamento humanizado e apoio às vítimas de deportação
A secretária de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, destacou as condições em que os deportados chegaram à cidade. "Eles estavam acorrentados, com algemas. Mas, ao descerem do avião, foram liberados dessas restrições e receberam um tratamento humanizado, com alimentação, água e kits de higiene", afirmou. Após a chegada, os deportados foram encaminhados para um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que os levou até Belo Horizonte, em Minas Gerais, destino final da maioria.
No aeroporto de Fortaleza, os deportados passaram por uma triagem realizada por autoridades federais e estaduais. Policiais federais retiraram as algemas, e os repatriados foram acompanhados por representantes do Ministério dos Direitos Humanos, da Secretaria de Direitos Humanos do Ceará, da Anvisa e da Defensoria Pública. Segundo Leonardo Magalhães, defensor-geral da União, o objetivo é oferecer apoio aos repatriados com informações sobre assistência social, previdência e regularização de documentos, como CPF e identidade.
Esta é a segunda leva de deportações de brasileiros realizada pelos Estados Unidos em 2025, e desde 2020, mais de 7 mil brasileiros foram deportados por estarem ilegalmente no país norte-americano.
B.N.
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