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Bolsonaro no STF: "Não queria estar aqui", mas está tranquilo

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Bolsonaro no STF: "Não queria estar aqui", mas está tranquilo © Gustavo moreno

Em dia marcado pelos interrogatórios no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou, nesta segunda-feira (9), que não desejava estar presente na audiência que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Apesar disso, afirmou estar "tranquilo" durante uma entrevista coletiva concedida no intervalo da oitiva do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.


"Não, estou bem, estou tranquilo. Lógico que ninguém queria estar aqui. Lógico que eu não queria estar aqui. Quem quer ser réu aí?", afirmou Bolsonaro ao ser questionado sobre sua presença na Corte.


Interrogatórios dos principais réus prosseguem ao longo da semana

A sessão do STF está a ouvir os réus do chamado "núcleo crucial" da ação penal que apura os acontecimentos relacionados à tentativa de golpe. Além de Bolsonaro e Mauro Cid, que celebrou um acordo de colaboração premiada, estão previstos os depoimentos de outros seis réus durante esta semana: Alexandre Ramagem, deputado e ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, ambos ex-ministros da Defesa.


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Ao chegar ao STF pela manhã, Bolsonaro cumprimentou os ministros e também Mauro Cid, com quem esteve lado a lado pela primeira vez desde que este firmou o acordo de colaboração. O ex-presidente evitou comentar as declarações do tenente-coronel, sublinhando que não tinha problemas pessoais com ele: "Não vou confrontar o Cid aqui. A gente vai ouvir e depois falar com vocês."


Durante o depoimento, Mauro Cid negou ter observado incentivos por parte de Bolsonaro para os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e afirmou nunca ter recebido ordens para desmobilizar manifestantes em frente a áreas militares após as eleições. Além disso, declarou ter informado Bolsonaro sobre a punição aplicada aos militares que assinaram uma carta de pressão aos comandantes das Forças Armadas.


B.N.


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