Cúpula Árabe aprova plano para Gaza e retorno da Autoridade Palestina
- Monica Stahelin
- 5 de mar.
- 2 min de leitura

Na última terça-feira, líderes dos países membros da Liga Árabe se reuniram no Cairo e aprovaram um plano para a reconstrução da Faixa de Gaza, devastada por meses de confrontos intensos entre Israel e o movimento Hamas. O plano também inclui o retorno da Autoridade Palestina ao território, o que é visto como uma tentativa de resolver a crise pós-conflito e promover a paz duradoura na região. De acordo com a proposta, a unificação dos palestinos deve ocorrer sob a liderança da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), excluindo o Hamas, que desde 2007 controla a Faixa de Gaza.
Plano de 53 bilhões de dólares para a reconstrução
O Egito apresentou um plano de reconstrução de 53 bilhões de dólares, que inclui um fundo para financiar a recuperação da Faixa de Gaza, devastada por 15 meses de confrontos entre Israel e o Hamas. O projeto, que prevê a reconstrução ao longo de cinco anos, busca garantir que os 2,4 milhões de palestinos da região possam permanecer em suas terras. A proposta, no entanto, enfrentará a oposição de Israel, que já descartou qualquer participação da Autoridade Palestina na administração da Faixa de Gaza.
Publicidade
Rejeição ao plano de Trump e apoio da ONU
O plano árabe foi apresentado como alternativa à proposta do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que previa a remoção dos palestinos da Faixa de Gaza para o Egito e a Jordânia. Os líderes árabes afirmaram que qualquer tentativa de deslocar os palestinos seria uma ameaça à paz na região. O presidente egípcio, Abdel Fattah al Sissi, afirmou que o plano árabe visa evitar a expansão do conflito no Oriente Médio. A ONU, por meio de seu secretário-geral António Guterres, manifestou seu apoio à iniciativa.
A posição de Israel e os desafios à implementação
Israel, por sua vez, criticou o plano árabe, considerando-o inadequado às realidades no terreno, particularmente devido à dependência da Autoridade Palestina e da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA). A crítica centralizada nas alegações de corrupção e apoio ao terrorismo foi rebatida pelo governo egípcio e pelos líderes árabes, que insistem que o plano é o único caminho para uma solução pacífica.
A reconstrução de Gaza será dividida em três etapas: a primeira, com duração de seis meses, focará na remoção de escombros e criação de habitações temporárias, enquanto as fases seguintes incluirão a construção de infraestruturas permanentes e a implementação de um porto comercial e aeroporto. O plano conta com o apoio da comunidade internacional, apesar das dificuldades e do impasse atual nas negociações de cessar-fogo entre o Hamas e Israel.
M.S.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News
Comments