Daniel Chapo estuda medidas para reduzir custo da cesta básica
- Monica Stahelin
- 20 de fev.
- 2 min de leitura

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, anunciou hoje que o Governo está a estudar medidas para reduzir o custo da cesta básica no país, sublinhando que a população espera "ações concretas", e não apenas "discursos bonitos". A declaração foi feita durante a cerimónia de tomada de posse dos novos secretários de Estado, em Maputo, onde o chefe de Estado enfatizou a necessidade de encontrar soluções eficazes para as carências que afetam os moçambicanos.
Chapo explicou que o Governo tem como prioridade a reconstituição do tecido social, económico e político de Moçambique, com foco no "bem-estar do povo". Em menos de 45 dias de governação, o executivo já iniciou várias ações com impacto direto na vida dos cidadãos. Entre as medidas destacadas estão a redução do preço dos combustíveis, o pagamento do 13.º salário, a revitalização das Linhas Aéreas de Moçambique e a criação de um fundo de desenvolvimento local para promover a circulação do dinheiro nas mãos da população.
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Medidas para aliviar o custo de vida
O Presidente também abordou a possibilidade de retirar o Imposto Sobre Valor Acrescentado (IVA) sobre produtos de primeira necessidade, bem como a redução dos preços dos combustíveis, como forma de aliviar o custo de vida. Na quarta-feira, o Governo moçambicano anunciou uma revisão em baixa dos preços dos combustíveis, que entrou em vigor hoje, uma medida que visa melhorar as condições econômicas da população.
"Caros secretários de Estado, comecem a esboçar formas inovadoras para juntos superarmos as dificuldades económicas e sociais que o povo sofre", disse Chapo, dirigindo-se aos novos responsáveis. O Presidente pediu que a inovação e o trabalho árduo sejam os pilares da governação, para que o Governo consiga devolver o sorriso aos moçambicanos.
Agitação social e protestos
Moçambique tem vivido uma forte agitação social desde outubro, com manifestações e paralisações convocadas por vários grupos, incluindo o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que contesta os resultados das eleições de 9 de outubro. Embora os protestos atuais sejam em menor escala, os moçambicanos continuam a protestar contra o aumento do custo de vida e outras questões sociais.
De acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais, desde outubro pelo menos 327 pessoas morreram, incluindo cerca de 20 menores, e cerca de 750 foram baleadas durante os protestos. O clima de tensão social persiste, refletindo as dificuldades que muitos cidadãos enfrentam no quotidiano.
O Presidente Daniel Chapo pediu, ainda, aos novos secretários de Estado que combatessem a corrupção e que servissem exclusivamente ao povo, advertindo que, caso não cumpram com as suas responsabilidades, poderão ser substituídos por outros cidadãos capazes de trazer mudanças efetivas para o país.
M.S.
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