Economia da China supera expectativas apesar de tarifas dos EUA
- Monica Stahelin
- 15 de jul.
- 2 min de leitura

A economia da China cresceu 5,2% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2024, ultrapassando as previsões que apontavam para 5,1%. Estes dados oficiais refletem uma resiliência notável, apesar da pressão das tarifas impostas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da crise prolongada no mercado imobiliário do país.
Setores industrial e de serviços em crescimento
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística da China, o crescimento económico foi impulsionado principalmente pela expansão de 6,4% no sector da indústria transformadora, com destaque para a crescente procura de dispositivos de impressão 3D, veículos eléctricos e robôs industriais. O sector dos serviços, que inclui transportes, finanças e tecnologia, também registou ganhos significativos, ajudando a compensar a desaceleração em algumas áreas da economia.
No entanto, as vendas a retalho desaceleraram em Junho, com um aumento de apenas 4,8% face ao ano anterior, contra 6,4% em Maio. Além disso, os preços das novas habitações registaram em Junho a maior queda mensal em oito meses, refletindo as dificuldades contínuas no sector imobiliário, apesar das várias medidas implementadas para o sustentar.
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Perspectivas e desafios para o segundo semestre
Especialistas apontam que a resiliência chinesa se deve, em parte, a uma trégua comercial com Washington e a estímulos governamentais. A exportação de bens aumentou significativamente, numa corrida para enviar mercadorias antes da possível aplicação de novas tarifas ou alterações na estratégia de exportação chinesa.
Ainda assim, o segundo semestre de 2025 é encarado com incerteza. Alguns economistas prevêem que a China possa não atingir a meta anual de crescimento de cerca de 5%, podendo até fixar um patamar mínimo de 4%, considerado politicamente aceitável. Para garantir a estabilidade económica, poderá ser necessário reforçar os estímulos governamentais.
A disputa tarifária entre os dois maiores blocos económicos inclui tarifas de até 145% por parte dos EUA sobre importações chinesas e 125% de contramedidas por parte da China sobre produtos norte-americanos. Após negociações em Genebra e Londres, ambas as partes dispõem agora de até 12 de Agosto para alcançarem um acordo comercial duradouro.
M.S.
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