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Estudantes de Luanda protestam contra a falta de condições nas escolas

Homem sentado com placa de protesto em mãos
Estudantes de Luanda protestam contra a falta de condições nas escolas © Ampe Rogério/Lusa

Estudantes angolanos divulgaram para o próximo sábado, 26 de abril, uma manifestação em Luanda, com o objetivo de protestar contra as condições desfavoráveis nas escolas da capital.


A marcha, promovida pelo Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), tem como foco a denúncia da escassez de carteiras, material didático, água potável, saneamento básico e a falta de professores nas instituições de ensino público da cidade.


De acordo com Estória Augusto António, secretário provincial do MEA, as dificuldades enfrentadas pelas escolas de Luanda são extensivas a uma grande parte das instituições. “São essas debilidades que nós constatamos em quase todas as escolas públicas de Luanda”, afirmou o responsável, acrescentando que a falta de condições básicas tem comprometido o ambiente de ensino e aprendizagem.


A concentração dos manifestantes está marcada para o Largo do Mercado de São Paulo, com destino ao Largo do 1º de Maio. Estória António também afirmou que a marcha foi notificada ao Governo Provincial de Luanda (GPL) e ao Comando Provincial da Polícia Nacional, mas acusou a JMPLA, o movimento juvenil do partido no poder, de tentar impedir o protesto, marcando outras atividades no mesmo local.


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“Temos a certeza de que a nossa atividade vai sair, embora possa haver tentativas de inviabilização”, declarou o dirigente, referindo-se à sobreposição de eventos como uma estratégia para criar confusão. No entanto, António garantiu que o MEA está preparado para enfrentar qualquer obstáculo de forma pacífica, mantendo a postura pedagógica diante de possíveis provocações.


O movimento também fez questão de ressaltar que as manifestações públicas são um direito legítimo garantido pela Lei de Bases do Ensino, a qual, segundo o MEA, o governo tem a obrigação de cumprir.

"Estamos apenas a exigir aquilo que está consagrado na lei, o que foi aprovado por eles mesmos. O país é de todos nós e temos o direito de exigir aquilo que nos cabe", sublinhou o responsável.

A marcha dos estudantes coincide com outras atividades programadas para o mesmo dia, como a celebração dos 23 anos de paz em Angola, organizada pelo Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), e um encontro de auscultação da juventude no Centro de Conferências de Belas.


Condições precárias afetam o ensino em Luanda

O protesto dos estudantes surge em meio a um crescente descontentamento com a situação das escolas em Luanda, onde a falta de infraestruturas básicas, como água e saneamento, e a escassez de recursos educativos têm sido desafios constantes. O movimento reivindica que as autoridades cumpram as promessas feitas na Lei de Bases do Ensino e garantam condições adequadas para o desenvolvimento dos estudantes e o fortalecimento do sistema educacional.


A marcha de sábado promete ser um marco na luta por melhores condições para os estudantes de Luanda e deve atrair a atenção tanto das autoridades governamentais quanto da sociedade civil. A questão das condições de ensino continua a ser um tema central nas discussões sobre o futuro da educação em Angola.


M.S.


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