EUA enviam armas nucleares ao Reino Unido após 20 anos
- Monica Stahelin
- 21 de jul.
- 2 min de leitura

O envio de bombas nucleares B61-12 para o Reino Unido marca o regresso de um dissuasor nuclear norte-americano ao solo britânico desde 2008, numa altura em que o presidente Donald Trump mantém o ultimato de 50 dias a Vladimir Putin para cessar a guerra na Ucrânia.
Na última semana, várias bombas termonucleares B61-12 foram entregues na base aérea de RAF Lakenheath, em Suffolk, que recentemente recebeu uma nova instalação de armazenamento para este tipo de armamento, segundo relata o UK Defence Journal. Estes dispositivos, que pesam cerca de 320 quilos e possuem um poder explosivo superior ao da bomba “Fat Man” lançada em Nagasaki, são bombas de gravidade que são libertadas a partir de aeronaves.
Reino Unido reforça arsenal nuclear em cenário de tensão global
As armas terão sido transportadas a partir do Centro de Armas Nucleares da Força Aérea dos EUA em Kirtland, Novo México, retornando assim a presença nuclear norte-americana no Reino Unido após uma ausência de mais de uma década. A retirada das ogivas nucleares norte-americanas em 2008 assinalou o fim de 54 anos de presença contínua durante a Guerra Fria.
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Embora o Departamento de Defesa dos EUA ainda não tenha confirmado oficialmente a operação, acredita-se que os caças F-35A Lightning II da RAF, baseados em Lakenheath, possam ser equipados com estas bombas. Este movimento fornece ao Reino Unido um segundo dissuasor nuclear, complementando os submarinos da classe Vanguard, cada um armado com 40 ogivas nucleares.
O regresso das armas nucleares à Força Aérea do Reino Unido coincide com a compra anunciada em junho de 12 novos caças F-35A, reforçando a capacidade do país para missões nucleares dentro da NATO. O primeiro-ministro Sir Keir Starmer destacou a importância desta aposta para a segurança nacional, numa época que considera de “incerteza radical”.
Este desenvolvimento ocorre também num momento em que o ultimato de Trump a Putin para pôr fim à guerra na Ucrânia permanece ignorado, com a escalada dos ataques russos à população civil ucraniana.
M.S.
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