Farmac acumula prejuízos pelo segundo ano consecutivo
- Monica Stahelin
- há 2 dias
- 2 min de leitura
Empresa estatal moçambicana enfrenta dificuldades financeiras agravadas por quebras nas vendas.
A Farmácias de Moçambique (Farmac), empresa estatal moçambicana dedicada ao comércio a retalho de medicamentos e produtos de saúde, voltou a encerrar o ano de 2024 com prejuízos na ordem dos 26,4 milhões de meticais (cerca de 355 mil euros), repetindo o resultado negativo registado em 2023.
De acordo com a agência Lusa, a empresa, totalmente detida pelo Estado moçambicano, continua a enfrentar uma conjuntura financeira desfavorável. Após ter registado um lucro modesto de 876.930 meticais (aproximadamente 11,8 mil euros) em 2022, a Farmac entrou numa trajetória de perdas significativas nos dois anos seguintes.
Queda acentuada nas vendas e capital próprio negativo
Um dos factores apontados para o agravamento da situação financeira da empresa foi a quebra nas vendas, que caíram de 198,5 milhões de meticais (2,7 milhões de euros) em 2023 para 127,7 milhões de meticais (1,7 milhões de euros) em 2024. Esta redução, equivalente a cerca de 71 milhões de meticais (955 mil euros), deveu-se, segundo o relatório, a ruturas de stock registadas nos três primeiros trimestres do ano.
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O capital próprio da empresa também sofreu uma deterioração acentuada, passando de um saldo negativo de 963 mil meticais (13 mil euros) em 2023 para 25,5 milhões de meticais negativos (345 mil euros) em 2024. A Farmac dispõe de um capital social de 60 milhões de meticais (806,5 mil euros), integralmente subscrito pelo Estado.
Crise de abastecimento trava recuperação da Farmac
A empresa conta actualmente com uma rede de 28 farmácias distribuídas por todo o território nacional e um total de 110 colaboradores. Apesar das limitações financeiras, o relatório sublinha que as compras realizadas em 2024 procuraram acompanhar a capacidade de escoamento dos produtos, com o objectivo de estabilizar as vendas. No entanto, o fraco abastecimento, associado às dificuldades económicas, continuou a comprometer a operação da Farmac.
M.S.
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