Gonorreia e Sífilis Disparam na Europa: Aumento de 31% e 13% em 2023
- Monica Stahelin
- 10 de fev.
- 2 min de leitura

Os casos de gonorreia e sífilis aumentaram significativamente na Europa em 2023, com um crescimento de 31% e 13%, respetivamente, face ao ano anterior, segundo os relatórios anuais divulgados esta segunda-feira pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC). Esta subida nas infeções sexualmente transmissíveis (IST) está a ser associada tanto ao aumento da testagem em algumas populações, como a mudanças nos comportamentos sexuais de risco.
Em 2023, foram registados cerca de 100 mil casos de gonorreia e mais de 40 mil de sífilis nos países da União Europeia e do Espaço Económico Europeu, o que representa um aumento notável face a 2022. O ECDC alerta para a crescente preocupação com a resistência antimicrobiana, especialmente no caso da gonorreia, onde o aparecimento de estirpes resistentes aos antibióticos pode comprometer a eficácia dos tratamentos atuais.
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Comportamentos de risco e jovens mais afetados
Os dados revelam que a maior parte das infeções por gonorreia foi observada em mulheres jovens, com idades entre os 20 e os 24 anos, representando 46% dos casos notificados em 2023. Para a sífilis, a taxa de incidência é mais elevada entre os homens, particularmente entre aqueles com idades entre os 25 e os 34 anos, sendo a maior parte dos casos reportada em homens que têm sexo com outros homens.
O ECDC sublinha que a gonorreia, se não tratada, pode levar a complicações graves, como a doença inflamatória pélvica e infertilidade, enquanto a sífilis pode afetar o coração e o sistema nervoso a longo prazo e, em grávidas, causar danos significativos ao bebé.
Prevenção e aconselhamento médico
Com o aumento de infeções, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças reforça a importância de medidas proativas de prevenção, como o uso consistente de preservativo em qualquer tipo de sexo. Além disso, o ECDC enfatiza a importância da comunicação aberta sobre saúde sexual com os parceiros para reduzir os riscos de contágio.
A autoridade de saúde europeia recomenda também que todas as pessoas sexualmente ativas façam testes de despistagem, especialmente aquelas com múltiplos ou novos parceiros sexuais, para garantir um diagnóstico precoce e evitar complicações futuras. O ECDC alerta para a importância da deteção precoce para reduzir as transmissões e prevenir possíveis consequências graves de ISTs não tratadas.
M.S.
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