Governo de Moçambique vende LAM por 130 milhões de dólares
- Monica Stahelin
- 5 de fev.
- 2 min de leitura

O governo de Moçambique anunciou, nesta terça-feira, 5 de fevereiro, a venda de 91% das acções da Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) por um valor de 130 milhões de dólares. A venda será realizada por meio de três empresas estatais: a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE), que adquirirão, por negociação particular, a participação do Estado na LAM.
O montante obtido com a venda será utilizado para a aquisição de oito novos aviões, com o objetivo de reestruturar a companhia aérea, que enfrenta há anos sérias dificuldades financeiras. O porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, revelou durante o briefing habitual à imprensa que a intenção é aplicar critérios de gestão internacional nas empresas que assumem o controlo da LAM.
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Expectativa de reestruturação com gestão internacional
Impissa destacou que, ao aplicar as regras de gestão internacional, as três empresas estatais terão maior controlo sobre os recursos financeiros investidos, além de garantir o cumprimento de normas de “compliance”, para monitorar de forma eficiente as operações da LAM. Ele afirmou ainda que estas empresas estatais terão o compromisso de prestar informações regulares ao governo, para que se possa acompanhar o progresso da reestruturação da companhia aérea e garantir que o sector empresarial do Estado esteja atingindo os resultados esperados.
Crise financeira e desafios na LAM
A LAM, que em algumas fases da sua história operou com apenas dois aviões, tem enfrentado uma crise financeira nos últimos 10 anos, agravada por alegados casos de corrupção e dívidas acumuladas de mais de 230 milhões de dólares, decorrentes de compras mal geridas e serviços de má qualidade. A venda das acções e a reestruturação da empresa visam restaurar a confiança na companhia e estabilizar as suas finanças.
Na mesma sessão, o Conselho de Ministros fez um balanço sobre o início do ano lectivo de 2025 e a distribuição de livros escolares. Impissa informou que cerca de 12 milhões de livros escolares já foram distribuídos, de um total de 13 milhões previstos para este ano, depois de várias escolas primárias terem terminado o ano lectivo de 2024 sem os livros necessários para as aulas.
M.S.
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