Hugo Motta veta reuniões de comissões durante o recesso legislativo
- Monica Stahelin
- 22 de jul.
- 2 min de leitura

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), publicou no Diário Oficial da Câmara, na terça-feira, 22 de julho de 2025, um ato oficial que proíbe a realização de reuniões das comissões parlamentares entre os dias 22 de julho e 1º de agosto, reforçando a validade do recesso legislativo. Essa medida impede a convocação de sessões extraordinárias que vinham sendo propostas pela oposição, que buscava reunir apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Desde o início do recesso, em 17 de julho, deputados ligados ao Partido Liberal (PL) e aliados a Bolsonaro permaneceram em Brasília, empenhados em debater e organizar respostas às restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atua em processos envolvendo o ex-presidente. A proibição determinada por Hugo Motta ocorre em um momento de intensa movimentação política, quando diferentes grupos tentam manter pressão sobre o Supremo.
Comissões planejavam moções de apoio e críticas ao Supremo
Entre as reuniões originalmente previstas estavam as das comissões de Segurança Pública e de Relações Exteriores, ambas lideradas por deputados do PL, que planejavam votar moções tanto de apoio às ações de Bolsonaro quanto de repúdio às decisões do Supremo Tribunal Federal. Essas sessões eram vistas como instrumentos para manifestar oposição às medidas do ministro Alexandre de Moraes e reforçar a narrativa contra o que consideram uma interferência judicial exagerada.
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No entanto, o funcionamento das comissões foi bastante prejudicado por obras em suas instalações, dificultando o acesso e a realização das sessões. Além disso, a quase ausência do público e a limitação da presença apenas a deputados do PL mostraram a fragilidade das tentativas de manter atividades parlamentares durante o recesso.
Preservação do recesso e planos para o retorno
Hugo Motta, com o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiu manter o recesso legislativo, optando por preservar o período tradicional de pausa nas atividades parlamentares. Essa decisão, embora desaponte a oposição, reforça o funcionamento institucional e o respeito ao calendário aprovado pelas Casas Legislativas.
Enquanto isso, a oposição segue elaborando estratégias para o retorno dos trabalhos legislativos, incluindo a tentativa de colocar em pauta o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Também estão previstas propostas para mudanças no foro privilegiado e a aprovação de uma anistia para os presos ligados aos protestos e manifestações do dia 8 de janeiro.
M.S.
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