INGD em estado de prontidão para enfrentar a época ciclónica
- Monica Stahelin
- 30 de jan.
- 3 min de leitura

O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), sob a liderança de Luísa Meque, está em estado de prontidão para prestar assistência humanitária e mitigar os riscos de desastres em todo o território nacional. A medida visa reforçar a capacidade de resposta do país durante o pico da época ciclónica, momento em que Moçambique tem sido particularmente afetado por fenómenos climáticos extremos.
Até ao momento, Moçambique já foi atingido por dois ciclones tropicais este ano: o ciclone Chido, que afetou as províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, e o ciclone Dikeledi, que teve um impacto severo na província de Nampula. Ambos os ciclones deixaram um rastro de destruição, com numerosas vítimas fatais e danos significativos a infraestruturas públicas e privadas.
Equipamento e recursos posicionados nas zonas críticas
Luísa Meque assegura que, apesar da situação crítica, a resposta do INGD está a ser rápida e eficaz. Equipamentos e recursos humanos estão posicionados estrategicamente nos pontos críticos de todo o país para a assistência e mitigação de riscos. Em entrevista, Meque destacou a preparação da equipa antes da época chuvosa e afirmou que as equipas estão prontas para atuar em qualquer momento, dependendo da evolução dos eventos climáticos.
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"Estamos com os nossos equipamentos e pessoal posicionados em vários pontos do país e, em função dos eventos, nos fazemos ao terreno", afirmou a responsável, acrescentando que o INGD continua a monitorar de perto as situações nas províncias mais afetadas, como Nampula, Cabo Delgado e Niassa, bem como as inundações em Gaza, que afetam as culturas agrícolas e colocam em risco a subsistência de muitas famílias.
Assistência humanitária e apoio à população vulnerável
Além das ações de preparação e resposta a desastres naturais, o INGD tem se envolvido em várias iniciativas de apoio à população vulnerável. Hoje, em Maputo, foi realizada a entrega de um donativo significativo de produtos perecíveis, incluindo cerca de 2 mil caixas de carne de ovelha, arroz da República Popular da China e óleo alimentar, aos orfanatos e hospitais da cidade. Estes donativos visam melhorar a dieta alimentar das famílias mais necessitadas, especialmente das crianças e indivíduos com necessidades especiais.
Luísa Meque também visitou o Centro de Providência Social ORÍON, que acolhe crianças com necessidades especiais, e expressou a sua admiração pelo trabalho desenvolvido naquela unidade. "Estas crianças carecem de cuidados especiais e estão a ser bem tratadas. O centro apresenta um bom estado em termos de higiene e tem mostrado sinais de evolução nas crianças", declarou Meque durante a visita.
A assistência também se estendeu a vítimas do fenómeno climático El Niño, que causa seca extrema nas regiões sul e centro do país. Aprovadas ações humanitárias, especialmente em Sofala e Gaza, a fim de mitigar os efeitos da seca e apoiar as comunidades mais afetadas.
O INGD continua a desempenhar um papel fundamental na resposta às crises climáticas e humanitárias em Moçambique, reafirmando o compromisso de garantir a segurança e o bem-estar das populações em risco.
M.S.
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