Investigação ao acidente da Air India aponta possível erro humano
- Beatriz S. Nascimento
- 12 de jul.
- 2 min de leitura

As autoridades continuam a investigar as causas do acidente do avião da Air India, que resultou na morte de 260 pessoas. As primeiras conclusões sugerem que a tragédia poderá ter sido provocada por uma falha humana, relacionada com o controlo do fluxo de combustível para os motores da aeronave.
Interruptores dos motores podem ter sido desligados
Segundo informações preliminares divulgadas por fontes oficiais dos Estados Unidos, não foram identificados problemas técnicos no modelo Boeing 787 Dreamliner, utilizado no voo acidentado. Em vez disso, os investigadores focam-se agora na possibilidade de os interruptores responsáveis pela alimentação de combustível dos dois motores terem sido desligados, o que terá provocado a perda de impulso pouco depois da descolagem.
Estes interruptores são essenciais para o funcionamento normal da aeronave, sendo habitualmente mantidos ligados durante todo o voo. A sua função inclui o arranque e o desligamento dos motores, assim como procedimentos específicos em situações de emergência. Ainda não é claro se o desligamento foi acidental ou intencional, nem se houve alguma tentativa de reverter a situação.
Fontes próximas da investigação revelaram ao Wall Street Journal que, caso os interruptores tenham de facto sido desligados, isso poderá justificar a ativação do gerador de emergência conhecido como ram air turbine (RAT), antes do embate do avião.
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Tripulação experiente e investigação em curso
O capitão do voo, Sumeet Sabharwal, acumulava mais de 10 mil horas de voo em aeronaves de grande porte. O seu co-piloto, Clive Kunder, contava com mais de 3.400 horas de experiência. A experiência dos pilotos é agora um dos pontos a ser analisado em conjunto com os dados da caixa negra.
A investigação está a ser conduzida pelo Aircraft Accident Investigation Bureau da Índia, que deverá divulgar em breve um relatório preliminar com os primeiros resultados oficiais.
Este acidente marca a primeira ocorrência fatal envolvendo um Boeing 787 Dreamliner, modelo reconhecido pela sua segurança em rotas internacionais de longo curso. A tragédia surge num momento delicado para a Boeing, que enfrenta uma série de críticas e preocupações relativas à segurança e controlo de qualidade das suas aeronaves.
B.N.
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