Jamaicano Condenado por Homicídio Escapa à Deportação
- Monica Stahelin
- 4 de mar.
- 2 min de leitura

Um homem jamaicano, condenado a 20 anos de prisão por um homicídio ocorrido no Reino Unido, conseguiu evitar a deportação devido a leis de direitos humanos. O criminoso, que fez parte de um grupo de gangues responsável pela morte de um homem inocente num ataque "sem provocação" fora de uma discoteca no sul de Londres, apelou à sua permanência no país, alegando que a sua expulsão violaria o seu direito à vida privada e familiar, conforme estipulado no Artigo 8 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos.
Crime e Consequências
O homem, identificado apenas como "AR" para proteção da sua identidade, foi condenado por homicídio involuntário, posse de arma proibida e posse de arma de fogo com a intenção de colocar em risco a vida de outros. O crime aconteceu em julho de 2012, quando AR e outros membros do gangue atacaram e mataram um homem fora de uma discoteca. AR foi responsável por disparar a arma que resultou na morte da vítima, depois de ter agredido um amigo da vítima com um pontapé voador.
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O caso foi agravado por outro incidente em que AR disparou contra um grupo de homens fora de um clube, usando a mesma arma que, mais tarde, foi identificada como a utilizada no homicídio em Londres. Apesar da sua condenação e do cumprimento de cerca de metade da sentença, o homem recorreu à alegação de que a deportação para a Jamaica colocaria a sua vida em risco, devido a um possível confronto com um parente distante, que alegadamente matou o seu pai em 2011. A defesa também argumenta que AR não conseguiria arranjar trabalho na Jamaica devido ao seu historial criminal.
Controvérsia em Torno da Deportação
Apesar de já ter perdido um apelo contra a decisão do Ministério do Interior britânico, AR apresentou um novo recurso ao Tribunal Superior de Imigração, que decidiu reavaliar o caso. A decisão foi criticada por várias figuras políticas, incluindo o Secretário de Justiça Adjunto, Robert Jenrick, que afirmou que a decisão era "inaceitável" e "contrária ao bom senso", defendendo que a segurança pública britânica deve ser prioritária em relação ao direito à vida familiar do criminoso.
O Futuro do Caso
A decisão do Tribunal Superior de Imigração ainda está pendente e um novo julgamento está agendado para o final deste ano. Enquanto isso, o Ministério do Interior, que recorreu da decisão, indicou que, por questões de confidencialidade, não poderia comentar mais sobre o caso. O debate sobre a deportação de criminosos condenados continua a gerar controvérsia no Reino Unido, especialmente em casos que envolvem alegações de risco à segurança do deportado.
M.S.
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