Janeiro de 2025 foi o mês mais quente já registado no mundo
- Monica Stahelin
- 6 de fev.
- 2 min de leitura

O mês de janeiro deste ano entrou para a história como o mais quente alguma vez registado, com a temperatura global a superar em 1,75°C os níveis pré-industriais. Este janeiro torna-se, assim, o 18.º mês dos últimos 19 com temperaturas médias superiores a 1,5°C, segundo dados divulgados hoje pelo serviço europeu de observação da Terra Copernicus.
Apesar da presença do fenómeno natural "La Niña", que tende a diminuir as temperaturas no Oceano Pacífico, o aquecimento provocado pelo "El Niño" não impediu que o mês passado se destacasse como o janeiro mais quente de sempre a nível mundial. A temperatura média global do ar foi de 13,23°C, o que representa um aumento de 0,79°C em relação à média do período de 1991-2020.
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Impactos na Europa e em outras regiões
Na Europa, o mês de janeiro registou uma média de 2,51°C acima da média de janeiro de 1991-2020, sendo o segundo janeiro mais quente, apenas atrás de 2020, que teve um aumento de 2,64°C. As temperaturas mais elevadas foram registadas no leste da Europa, incluindo a Rússia oriental, enquanto regiões como a Islândia, Reino Unido, Irlanda e norte de França experienciaram temperaturas mais baixas do que a média.
Em outras partes do mundo, o Canadá, Alasca, Sibéria, sul da América do Sul, África, e algumas regiões da Austrália e Antártida registaram temperaturas acima da média. Já os Estados Unidos, a Península Arábica e o Sudeste Asiático apresentaram temperaturas inferiores às médias.
Outros indicadores climáticos
A temperatura média da superfície do mar atingiu 20,78°C, o segundo valor mais alto já registado para um mês de janeiro, ficando apenas atrás de janeiro de 2024. Em termos hidrológicos, o mês foi mais húmido do que o normal em várias regiões da Europa Ocidental, Itália, Escandinávia e países bálticos, enquanto foi mais seco do que a média no norte do Reino Unido, Irlanda, leste de Espanha e norte do Mar Negro.
O gelo marinho no Ártico registou a extensão mais baixa de sempre para o mês de janeiro, com 6% abaixo da média, a par de janeiro de 2018. Já a extensão do gelo marinho na Antártida foi 5% inferior à média, o que reforça a tendência de aquecimento global e suas repercussões em diversas partes do planeta.
M.S.
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