Londres derrete com 34 °C após noite tropical sufocante
- Monica Stahelin
- 1 de jul.
- 2 min de leitura

População enfrenta noites sem dormir, risco de incêndios e colapsos em eventos públicos, enquanto temperaturas recorde marcam o início do Verão britânico.
Londres continua sob uma intensa vaga de calor esta terça-feira, com as temperaturas a atingir os 34 ºC e a possibilidade de valores ainda mais elevados, de acordo com os serviços meteorológicos britânicos. O calor extremo sucede à noite mais quente do ano até ao momento, em que algumas zonas da capital não registaram temperaturas inferiores a 23 ºC.
A chamada “noite tropical”, termo utilizado pelos meteorologistas quando a temperatura não desce abaixo dos 20 ºC, é comum em regiões como o Mediterrâneo ou as Caraíbas, mas tem vindo a tornar-se cada vez mais frequente no Reino Unido devido às alterações climáticas.
Alertas de saúde e impacto nos serviços públicos
A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA) prolongou os alertas de calor de nível âmbar para várias regiões de Inglaterra, incluindo Londres, até às 9h de quarta-feira. Estes avisos indicam potenciais impactos significativos nos serviços de saúde e apoio social, sobretudo no atendimento a populações vulneráveis, como idosos.
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As autoridades apelam à adopção de medidas preventivas e ao cuidado com grupos de risco, lembrando que é essencial “tomar precauções sensatas durante a exposição ao sol”.
Recordes, colapsos e risco de incêndios
A segunda-feira foi também marcada por temperaturas recorde no arranque do torneio de Wimbledon, onde os termómetros atingiram 32,3 ºC nos Jardins de Kew, a oeste de Londres — o valor mais elevado alguma vez registado no primeiro dia da competição, superando os 29,3 ºC de 2001.
Durante o jogo entre Carlos Alcaraz e o italiano Fabio Fognini, no Court Central, o calor revelou-se insuportável para alguns. Um espectador chegou mesmo a desmaiar devido às condições extremas.
Entretanto, o Corpo de Bombeiros de Londres alerta para o aumento do risco de incêndios florestais. Thomas Goodall, comissário adjunto da corporação, revelou que já foram registados 14 incêndios de grande dimensão em zonas verdes da capital desde o início do ano, além de inúmeros focos menores. O responsável pede à população que “actue com responsabilidade” durante este período crítico.
As previsões apontam para um alívio temporário a partir de quarta-feira, com a possibilidade de trovoadas e aguaceiros nos dias seguintes. Ainda assim, a capital continua a enfrentar uma das vagas de calor mais intensas dos últimos anos, com os efeitos a fazer-se sentir tanto nas ruas como nos serviços essenciais.
M.S.
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