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Morre Miguel Uribe após atentado em comício na Colômbia


Miguel Uribe
Morre Miguel Uribe após atentado em comício na Colômbia © Reprodução/X/Miguel Uribe

Faleceu esta segunda-feira, 11 de agosto, o senador colombiano Miguel Uribe, vítima de um atentado a tiro ocorrido em junho, enquanto discursava num evento político na capital do país. Uribe, de 39 anos, era considerado um dos principais nomes da oposição e forte candidato às eleições presidenciais de 2026.


A informação foi confirmada pela esposa, Maria Claudia Tarazona, que o acompanhou durante os mais de dois meses de internamento na Fundação Santa Fé de Bogotá. O estado de saúde do senador agravou-se no sábado, após um episódio de hemorragia no sistema nervoso central. Submetido a uma cirurgia de emergência, Uribe não resistiu.



Figura promissora da política colombiana

Miguel Uribe era senador pelo partido de direita Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, com quem, apesar do apelido em comum, não possuía ligação familiar. Era neto de Julio César Turbay Ayala, que presidiu a Colômbia entre 1978 e 1982, e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada por narcotraficantes do Cartel de Medellín em 1991, episódio retratado no livro Notícias de um Sequestro, de Gabriel García Márquez.


Nas eleições legislativas de 2022, Uribe foi o senador mais votado do país, consolidando-se como uma das figuras mais influentes da nova geração da direita colombiana.


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Violência política reacende fantasmas do passado

O ataque que vitimou Uribe aconteceu na noite de 7 de junho, durante um comício no bairro Fontibón, em Bogotá. O senador foi atingido por dois disparos na cabeça e um na perna. Outras duas pessoas ficaram feridas. Um adolescente de 15 anos foi detido no local, com uma arma de fogo.


A Procuradoria-Geral abriu uma investigação para apurar as circunstâncias do atentado. O presidente Gustavo Petro classificou o caso como grave e ordenou prioridade total na investigação. O governo colombiano, o partido Centro Democrático, bem como autoridades internacionais, incluindo os Estados Unidos e o Brasil, condenaram veementemente o ataque.


O atentado contra Miguel Uribe foi o primeiro de uma recente série de actos de violência política no país, reavivando memórias de um período sombrio da história colombiana, quando três candidatos presidenciais foram assassinados durante a campanha eleitoral entre 1989 e 1990.


Além da esposa, Miguel Uribe deixa um filho. A sua morte representa uma perda significativa para o cenário político colombiano e levanta preocupações sobre a segurança dos próximos processos eleitorais no país.


M.S.


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