Moçambique: Sarampo provoca mais de 30 mortos no último semestre
- Monica Stahelin
- 3 de fev.
- 2 min de leitura
Entre 9 de julho e 28 de janeiro, o sarampo fez 31 vítimas fatais em Moçambique, com um total de 1.191 casos diagnosticados positivos nas regiões centro e norte do país. A informação foi revelada pela diretora nacional adjunta de Saúde Pública, Aleny Couto, em conferência de imprensa realizada em Maputo, no final de janeiro.
De acordo com a responsável, a província de Nampula é a única ainda a enfrentar um surto ativo da doença, embora não tenha sido registado nenhum caso nas últimas 24 horas. Nampula, que havia registado 11 óbitos, está há 14 dias sem novos falecimentos devido ao sarampo.
Óbitos e surtos nas províncias do norte e centro
Os casos de sarampo e as mortes associadas à doença ocorreram principalmente nas províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia e Sofala. Cabo Delgado foi a província mais afetada, com 341 casos e 17 óbitos, seguida de Nampula (351 casos e 11 mortes) e Niassa (428 casos e 3 mortes).
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“Os óbitos registados durante este período somam 31, com 27 a ocorrerem na comunidade”, detalhou Aleny Couto, sublinhando a necessidade de intensificar as medidas preventivas e de vacinação nas áreas afetadas.
Campanhas de vacinação e medidas de controlo
A diretora nacional de Saúde Pública destacou a importância de intensificar as campanhas de vacinação, incluindo a vacinação de bloqueio nas zonas circundantes dos surtos, para evitar a propagação da doença. "A campanha de vacinação contra o sarampo foi realizada no ano passado, com um foco particular nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, e deve ser reforçada", afirmou.
O Ministério da Saúde (MISAU) recomendou que a vigilância sanitária seja intensificada em todas as províncias, com maior ênfase nas regiões afetadas pelo surto. Além disso, o calendário vacinal prevê que todas as crianças com nove meses de idade recebam a primeira dose da vacina contra o sarampo, com a segunda dose sendo administrada aos 18 meses.
A colaboração da população na adesão à vacinação é considerada fundamental para controlar e prevenir novos surtos da doença, que continua a ser uma preocupação de saúde pública no país.
M.S.
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