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Mãe paralítica denuncia maus-tratos em hospital britânico

Paciente sofre condições degradantes durante internamento
Mãe paralítica denuncia maus-tratos em hospital britânico © Direitos Reservados

Paciente sofre condições degradantes durante internamento e expõe descuido do pessoal hospitalar


Cheryll Rich, uma mulher de 38 anos que ficou paraplégica após um grave acidente, revelou que foi vítima de maus-tratos durante o internamento no hospital universitário de Basildon, em Inglaterra. Depois de uma queda num canal em agosto do ano passado, que lhe provocou uma fractura na coluna vertebral, Cheryll foi submetida a uma cirurgia de emergência no St Mary’s Hospital, em Londres, e posteriormente transferida para a enfermaria Linford Ward, onde permaneceu cinco dias.


Durante este período, a paciente denunciou que os funcionários do hospital se recusaram a prestarem-lhe os cuidados básicos de higiene. Segundo Cheryll, encontrava-se coberta de fezes e sangue devido ao seu ciclo menstrual, e mesmo assim ninguém a ajudou a limpar-se, tendo o seu companheiro, Jack Barnes, de 51 anos, sido obrigado a fazê-lo, depois de lhe terem dado uma bacia de água. “Senti que não era humana. Senti-me desumanizada e humilhada, no meu ponto mais baixo”, afirmou. A mãe lamentou ainda que as suas feridas recentes, localizadas na zona lombar, ficaram completamente sujas, o que aumentou o seu sofrimento.


Negligência em cuidados essenciais agrava situação

Para além da falta de higiene, Cheryll denunciou que o seu cateter permaneceu sem ser trocado durante vários dias, o que pode ter implicações graves para a sua saúde. Além disso, o jarro de água que lhe foi disponibilizado nunca foi reposto durante a sua estadia, privando-a de acesso adequado a líquidos. A mulher afirmou que foi tratada “como uma criminosa” e descreveu a experiência como estar “presa no inferno”, sentindo-se completamente desamparada e humilhada num momento em que dependia integralmente dos cuidados médicos.


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O hospital e a Mid and South Essex NHS Foundation Trust reconheceram que a qualidade dos cuidados prestados a Cheryll esteve abaixo do padrão esperado e apresentaram um pedido formal de desculpas. Este caso suscitou um debate sobre as condições e o tratamento a pacientes vulneráveis no sistema de saúde pública, realçando a importância de monitorização rigorosa e formação adequada do pessoal.


Histórico do acidente e impacto na vida da paciente

O acidente que levou à paraplegia de Cheryll aconteceu durante um evento solidário realizado com a sua filha de 12 anos, Misty. As duas remaram de Liverpool até Londres para angariar fundos para o Little Haven Children’s Hospice, em Essex, uma causa que apoiavam com entusiasmo. A queda ocorreu quando Cheryll tentava abrir uma comporta num canal, um momento que mudou radicalmente a sua vida.


Desde então, Cheryll enfrenta os desafios de adaptação à nova condição física e à dependência de terceiros para tarefas básicas, o que torna ainda mais dolorosa a negligência que sofreu. Este relato realça a urgência em garantir um sistema de saúde que respeite a dignidade dos pacientes e ofereça os cuidados essenciais com humanidade e profissionalismo.


B.N.


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