Nações Unidas pedem 6,9 milhões para Moçambique após ciclone
- Monica Stahelin
- 21 de jan.
- 2 min de leitura

A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, continua a enfrentar grandes dificuldades após a passagem do ciclone Chido, que há cerca de um mês deixou um rastro de destruição e mortes. O ciclone provocou pelo menos 120 vítimas fatais, afetou cerca de 450 mil pessoas e causou danos significativos, com mais de 40% dos hospitais locais danificados.
Para ajudar o país na recuperação e apoio às vítimas, o Fundo de População da Organização das Nações Unidas (UNFPA) anunciou que necessita de 7,2 milhões de dólares (aproximadamente 6,9 milhões de euros). O objetivo é fornecer assistência humanitária, incluindo apoio médico e psicossocial, para as mulheres e meninas afetadas, bem como oferecer abrigo e alimentos à população.
De acordo com o UNFPA, o ciclone Chido causou sérios impactos no acesso a cuidados de saúde, com mais de 12 mil mulheres grávidas perdendo a possibilidade de receber acompanhamento médico adequado. A agência da ONU está a colaborar com o Governo de Moçambique para garantir a ajuda necessária e melhorar as condições de vida das vítimas da catástrofe.
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Situação de emergência com o ciclone Dikeledi
Além do ciclone Chido, Moçambique foi novamente atingido por outro ciclone tropical, o Dikeledi, que se abateu sobre a província de Nampula, também no norte do país. Este ciclone provocou pelo menos 11 mortes e causou a destruição de quase 20 mil casas. O relatório do Instituto Nacional de Gestão de Risco de Desastres (INGD) indica que 249.813 pessoas, em 49.412 famílias, foram afetadas. As inundações e os danos nas infraestruturas foram severos, com 27.470 casas parcialmente destruídas e 19.751 completamente danificadas. Além disso, 95 casas foram inundadas e 44 unidades sanitárias sofreram danos.
Os efeitos do Dikeledi também afetaram o sistema educacional, com 129 escolas e 371 salas de aula danificadas, impactando a educação de milhares de alunos e professores. O número de pessoas deslocadas já ultrapassava as 2.300, com grande parte delas alojadas em centros de acolhimento na província de Nampula.
Desafios contínuos com fenómenos climáticos extremos
Moçambique, considerado um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas, tem enfrentado uma série de desastres naturais nos últimos anos. A época chuvosa, que vai de outubro a abril, é marcada por ciclones tropicais e inundações, afetando gravemente as populações, especialmente no norte do país. A necessidade de ajuda humanitária continua a ser uma prioridade, com as Nações Unidas a intensificarem os seus esforços para apoiar as vítimas e ajudar Moçambique na recuperação.
M.S.
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