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Nova Abordagem no Financiamento de Infraestruturas em África

Vera Daves de Sousa
Nova Abordagem no Financiamento de Infraestruturas em África © Direitos Reservados

Ministra das Finanças de Angola destaca a necessidade de repensar modelos tradicionais de financiamento.


A ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa, afirmou nesta quarta-feira, que o modelo tradicional de financiamento de infraestruturas em África, que tem sido fortemente dependente do investimento público, precisa de ser repensado. A declaração foi feita durante a reunião plenária sobre "O Futuro da Parceria entre os EUA e África", onde a governante destacou o projeto do Corredor do Lobito como exemplo de sucesso de parcerias público-privadas no continente.


O Caso do Corredor do Lobito: Uma Nova Perspectiva de Financiamento

O Corredor do Lobito, uma infraestrutura ferroviária estratégica que liga o Porto do Lobito, em Angola, à República Democrática do Congo, tem sido visto como um modelo de financiamento inovador para a construção de infraestruturas no continente africano. O projeto visa facilitar o escoamento de minerais e mercadorias, promovendo o desenvolvimento econômico regional.


Segundo Vera Daves de Sousa, este projeto demonstra a viabilidade de criar parcerias de sucesso que combinam o investimento privado com o público, evitando a sobrecarga das finanças estatais. A ministra ressaltou que um dos principais benefícios deste modelo é o facto de ele não adicionar pressão às economias, muitas vezes já endividadas, mas ao mesmo tempo permitindo o desenvolvimento de infraestruturas essenciais.


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Parcerias Públicas e Privadas: A Chave para o Futuro

A ministra angolana frisou que a África enfrenta uma carência urgente de infraestruturas, o que exige uma abordagem mais diversificada de financiamento. "Não podemos mais olhar para as parcerias apenas como um mecanismo de doação ou financiamento ao Estado. Precisamos ir além disso", afirmou. Vera Daves de Sousa sublinhou que é necessário desenvolver soluções que envolvam parcerias com empresas privadas, onde os projetos possam gerar retornos e, ao mesmo tempo, atender às necessidades do continente.


Além disso, a ministra defendeu que as parcerias devem ser pensadas a longo prazo, com foco na criação de valor agregado para as economias locais, como a geração de empregos e a promoção de novos negócios em setores como o turismo, agronegócios e indústria ligeira. "É preciso um olhar mais amplo, que envolva as grandes, médias e pequenas empresas, criando oportunidades sustentáveis para o futuro", concluiu.


O modelo defendido por Vera Daves de Sousa sugere uma mudança significativa na forma como as infraestruturas são financiadas, indo além da visão tradicional de simplesmente movimentar minerais ou mercadorias. A criação de valor local, a geração de postos de trabalho e a colaboração entre empresas de diferentes portes são pilares fundamentais para o sucesso dessas iniciativas.


A 17.ª Cimeira de Negócios EUA-África, que terminou hoje, contou com mais de 1.500 delegados, incluindo chefes de Estado e representantes de 490 empresas angolanas, 202 africanas e 73 norte-americanas. Durante o evento, foram assinados nove instrumentos jurídicos que visam impulsionar a colaboração entre os dois continentes em diversos setores, incluindo o financiamento de infraestruturas.


M.S.


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