Novo sistema de ajuda em Gaza começa a distribuir alimentos
- Monica Stahelin
- 27 de mai.
- 2 min de leitura

Na segunda-feira, o novo sistema de assistência em Gaza abriu os seus primeiros pontos de distribuição e deu início à entrega de alimentos no território palestiniano, que está sujeito a um bloqueio israelita há quase três meses. A gestão da ajuda está a ser assumida pela Fundação Humanitária de Gaza, apoiada pelos Estados Unidos, apesar das reservas manifestadas pelas Nações Unidas.
Controvérsia e desafios na distribuição da ajuda
Segundo um comunicado do grupo, citado pela agência Associated Press (AP), camiões com alimentos foram entregues nos centros de distribuição, dando início à entrega direta à população local. Está previsto que mais camiões de ajuda sejam recebidos já na terça-feira, com a intenção de aumentar progressivamente o fluxo de apoio.
A ONU e diversas organizações humanitárias têm-se oposto a este novo sistema, alegando que Israel procura usar a ajuda alimentar como uma arma política e questionando a eficácia do modelo implementado. Israel justifica o plano alternativo como um meio para evitar que o Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, desvie os recursos, embora a ONU rejeite a existência de desvios significativos por parte do grupo.
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Impactos do conflito e situação humanitária em Gaza
O atual conflito tem origem num ataque sem precedentes realizado a 7 de outubro de 2023 por comandos do Hamas que se infiltraram no sul de Israel. Desde 17 de maio, Israel intensificou a sua ofensiva com o objetivo declarado de libertar os reféns, controlar toda a Faixa de Gaza e eliminar o Hamas.
Nos últimos dias, novos bombardeamentos no norte de Gaza causaram dezenas de mortos, incluindo 33 palestinianos — a maioria crianças — numa escola em Gaza e 19 numa residência em Jabalia, segundo dados da Defesa Civil local. O exército israelita justificou os ataques como operações direcionadas contra terroristas.
A escalada do conflito tem aumentado o sofrimento dos civis, que enfrentam graves carências e vivem sob constante ameaça. A situação tem gerado uma forte condenação internacional.
Desde o ataque inicial em outubro, morreram 1.218 israelitas, maioritariamente civis, e 57 reféns continuam em Gaza, incluindo pelo menos 34 já falecidos, segundo as autoridades israelitas. A campanha de represália israelita já causou a morte de mais de 53.900 palestinianos, sobretudo civis, conforme dados do Ministério da Saúde do Hamas, reconhecidos pela ONU como credíveis.
M.S.
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