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Presidente eleito de Moçambique critica vandalismo nos protestos

Atualizado: 16 de jan.

Daniel Chapo
Presidente eleito de Moçambique critica vandalismo nos protestos © Marco Longari / AFP

O Presidente eleito de Moçambique, Daniel Chapo, condenou as manifestações pós-eleitorais que resultaram em vandalismo e na perda de milhares de postos de trabalho. Em declarações aos jornalistas, o candidato proclamado vencedor pelo Conselho Constitucional (CC) lamentou as destruições que afetaram tanto o setor público como o privado, destacando os danos incalculáveis causados pelos protestos.


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"Estas manifestações provocaram danos imensuráveis. Milhares de nossos irmãos perderam os seus empregos, e no setor privado, há pessoas que viram todo o seu esforço de uma vida a ser destruído em apenas um dia", expressou Chapo, mencionando os confrontos ocorridos entre os manifestantes e as autoridades policiais, os quais resultaram em saques e destruição nas ruas após a sua conquista eleitoral.

O presidente eleito também expressou a sua preocupação com a necessidade de reconstrução das infraestruturas destruídas, que estarão entre as suas prioridades após a investidura marcada para 15 de janeiro.

"Estamos a destruir bens que são nossos. As pessoas acordaram pela manhã, depois de causarem destruição, e perceberam que, apesar de terem dinheiro, não conseguiam comprar o que precisavam porque as lojas já não existiam", afirmou.

Daniel Chapo apelou à unidade nacional e enfatizou a importância de consensos entre os partidos com representação parlamentar, os quais têm vindo a discutir reformas cruciais para o país. Segundo Chapo, as reformas, incluindo a revisão da lei eleitoral e a descentralização do Estado, são essenciais para adaptar as leis e instituições à realidade atual do país, especialmente quando Moçambique se aproxima dos 50 anos de independência e dos 30 anos de democracia multipartidária.


Em paralelo, quatro partidos da oposição, incluindo o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e o Podemos, manifestaram a sua disponibilidade para continuar o diálogo com o governo, visando estabelecer um pacto social para a implementação de reformas. Lutero Simango, presidente do MDM, afirmou que o objetivo desse diálogo é alcançar um compromisso político que conduza as reformas necessárias para o futuro do país.


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A vitória de Daniel Chapo nas presidenciais, com 65,17% dos votos, foi contestada por manifestantes pró-Venâncio Mondlane, que, apesar de ter obtido 24% dos votos, reclamam a vitória. Os protestos, que exigem a "reposição da verdade eleitoral", resultaram em confrontos violentos com a polícia, causando quase 300 mortes e ferimentos em cerca de 600 pessoas.


M.S.

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