Suspensão de Financiamento dos EUA Afeta Saúde em Moçambique
- Monica Stahelin
- 28 de jan.
- 2 min de leitura

A primeira-ministra de Moçambique, Maria Benvinda Levi, reconheceu que o setor da saúde será o mais afetado pela recente suspensão do financiamento dos Estados Unidos a programas de ajuda no país. A decisão, que envolve a suspensão de novos financiamentos por parte da agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), poderá comprometer a continuidade de vários projetos sociais essenciais, incluindo aqueles na área da saúde.
Em declarações à imprensa, Maria Benvinda Levi afirmou que o apoio dos EUA é "extremamente importante", especialmente nas áreas sociais, e que o Governo moçambicano terá de redirecionar recursos internos para mitigar os impactos da suspensão. "É um grande desafio", disse a governante, destacando a necessidade de ajustar as finanças do país para evitar que as áreas mais afetadas fiquem sem condições de operar.
Publicidade
Suspensão Temporária e Reações
A decisão dos EUA, anunciada pelo Departamento de Estado na sexta-feira, abrange a paralisação de novos financiamentos para praticamente todos os programas de ajuda internacionais, exceto pelas iniciativas de assistência alimentar e apoio militar a Israel e ao Egito. A suspensão, que é válida por 90 dias, afeta diversos projetos de desenvolvimento, incluindo as iniciativas na área da saúde que dependem da Usaid.
Embora o governo moçambicano tenha afirmado que o país enfrentou outros desafios financeiros no passado e conseguiu superar as dificuldades, a situação gera preocupações, especialmente entre os trabalhadores humanitários, que lamentaram a ausência de isenções para clínicas e programas de saúde.
Apoio Recente dos EUA ao País
Ainda que a suspensão do financiamento tenha gerado apreensão, os EUA anunciaram, no início de janeiro, uma doação de 435 mil euros para apoiar as vítimas do ciclone Chido, que devastou as regiões centro e norte de Moçambique em dezembro, resultando em pelo menos 120 mortos. A contribuição foi destinada principalmente às populações afetadas na província de Cabo Delgado e visa apoiar os esforços de recuperação, aliviando o sofrimento das pessoas afetadas pela catástrofe.
O anúncio do financiamento humanitário foi feito pela Usaid, que destacou o compromisso dos EUA com o apoio à recuperação das comunidades moçambicanas impactadas pelo desastre. Contudo, a suspensão dos recursos para programas de longo prazo, como os de saúde, representa um obstáculo significativo para o desenvolvimento contínuo em diversas áreas essenciais para o bem-estar da população.
M.S.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News
Commenti