Trump ameaça usar força militar para controlar Groenlândia e Panamá
- Monica Stahelin
- 8 de jan.
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de jan.

Donald Trump, levantou polêmica ao sugerir que o país poderia recorrer ao poder militar ou econômico para assumir o controle da Groenlândia, território dinamarquês, e do Canal do Panamá. Em uma entrevista coletiva recente, Trump afirmou: “Pode ser que tenhamos que fazer alguma coisa” em relação a esses dois locais estratégicos, sem descartar o uso de força. Ele também questionou a soberania da Dinamarca sobre a Groenlândia, afirmando que “ninguém sabe se a Dinamarca tem qualquer direito a ela, mas, se tiver, tem de abrir mão, porque nós precisamos para nossa segurança nacional”.
Publicidade
O ex-presidente já havia expressado interesse em adquirir a Groenlândia e retomar o controle do Canal do Panamá, que foi administrado pelos EUA até 1999. Contudo, foi a primeira vez que ele abordou a possibilidade de utilizar forças militares para concretizar esses objetivos.
A reação internacional não demorou. O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Egede, foi firme em sua resposta, afirmando que “a Groenlândia não está à venda e nunca estará”. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, também reafirmou a posição, destacando que “a Groenlândia pertence aos groenlandeses”.
A ilha, com cerca de 57 mil habitantes, é um território autônomo da Dinamarca, mas possui o direito de decidir sua independência por referendo.
A União Europeia também se manifestou através do ministro do Exterior da França, Jean-Nöel Barrot, que afirmou: "Não há possibilidade de a União Europeia permitir que outras nações, quaisquer que sejam, ataquem nossas fronteiras soberanas".
Barrot, embora não acredite que os EUA invadam a Groenlândia, alertou para o retorno da “lei do mais forte” no cenário internacional.
Além disso, o Panamá se fez ouvir, com o chanceler Javier Martínez-Acha afirmando: "A soberania de nosso canal não é negociável, é parte de nossa história de luta e uma conquista irreversível".
Essas declarações geraram um intenso debate sobre o papel dos EUA na política mundial e a delicada questão da soberania em territórios estratégicos.
M.S.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe New
Comentários