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Trump chama Zelensky de "desagradecido" e ignora apoio à Rússia

Volodymyr Zelensky e Donald Trump caminham conversando
Trump chama Zelensky de "desagradecido" e ignora apoio à Rússia © Getty Images

Donald Trump intensificou a sua crítica pessoal ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma entrevista no programa Fox News Sunday, onde abordou o tratamento que deu ao líder ucraniano durante um encontro recente na Casa Branca, mais de uma semana atrás. No encontro, Trump e o vice-presidente JD Vance foram acusados de pressionar Zelensky.


Trump critica Zelensky e a ajuda dos EUA à Ucrânia

Na entrevista, Trump reiterou que Zelensky não demonstrava “gratidão” e ainda afirmou que o presidente ucraniano estava "tirando doces de um bebé", numa referência à ajuda militar e política fornecida pela administração Biden à Ucrânia na luta contra a invasão russa. Trump desdenhou da afirmação de Zelensky de que as forças armadas ucranianas estavam a lutar corajosamente, afirmando que a bravura estava relacionada ao uso das armas fornecidas pelos Estados Unidos.


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“Ele é um homem inteligente e durão. Tirou dinheiro deste país, sob o comando de [Joe] Biden, como se fosse doces de um bebé”, disse Trump.

Quando questionado sobre as alegações de que estava a reduzir a pressão política sobre a Rússia, Trump respondeu com um veemente: “Ninguém foi mais duro com a Rússia do que Donald Trump.”


A postura de Trump e o alinhamento com a Rússia

Trump fez referência ao seu papel na suspensão do gasoduto Nord Stream 2, embora a sua gestão tenha sido marcada por disputas com o Congresso sobre sanções à Rússia, que acabaram por ser implementadas em parte através de uma lei de defesa anual. Após a sua saída da Casa Branca, a administração Biden tomou medidas para continuar a pressão sobre o projeto, que foi finalmente interrompido pelo chanceler alemão após a invasão da Ucrânia pela Rússia.


Quando questionado sobre o facto de ter saído da Casa Branca sem firmar um acordo com a Ucrânia para a exploração de minerais, Trump foi evasivo, dizendo:

“Bem, talvez a Ucrânia não sobreviva de qualquer maneira. Mas, sabem, a Rússia tem algumas fraquezas. São necessárias duas partes para resolver isso.”

Maria Bartiromo, apresentadora do programa, confrontou Trump sobre as alegações de que ele estaria agora ao lado da Rússia, dadas as suas ações durante a presidência, incluindo a suspensão de ajuda militar e de inteligência à Ucrânia, bem como o voto dos Estados Unidos na ONU com a Rússia. Trump, no entanto, recusou-se a responder diretamente, insistindo que ninguém foi mais duro com a Rússia do que ele e destacando novamente o gasoduto Nord Stream 2 como um exemplo de sua postura firme.


A reação da Rússia e a possibilidade de novas sanções

Entretanto, um porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou recentemente que a política dos Estados Unidos sobre a Ucrânia estava a alinhar-se rapidamente com a posição russa. No entanto, Trump, em publicações nas redes sociais, ameaçou impor mais sanções à Rússia devido a uma ofensiva renovada contra as forças ucranianas.


A postura de Trump gerou um debate crescente, com alguns observadores a apontarem que as suas decisões e o tratamento hostil a Zelensky poderiam estar a favorecer a Rússia, apesar de o ex-presidente ter continuado a afirmar que a Rússia já estaria pronta para a paz. Este cenário ocorre num momento em que a Ucrânia, juntamente com os aliados europeus, continua a lutar contra a agressão russa, enquanto o apoio dos Estados Unidos permanece essencial para os esforços de defesa do país.


M.S.


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