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Ucrânia aceita cessar-fogo e EUA retomam apoio militar

Equipas de negociação norte-americana e ucraniana
Ucrânia aceita cessar-fogo e EUA retomam apoio militar © Saul Loeb / AFP

A Ucrânia aceitou esta terça-feira uma proposta dos Estados Unidos para a implementação de um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, que poderá ser prolongado por acordo mútuo entre as partes. A decisão foi divulgada em nota conjunta pelas delegações norte-americana e ucraniana, após uma reunião em Jeddah, na Arábia Saudita. Segundo o comunicado, a aceitação do cessar-fogo está condicionada à implementação simultânea da proposta pela Federação Russa.


Os Estados Unidos também anunciaram a suspensão da pausa na partilha de informações com a Ucrânia, retomando a assistência de segurança a Kiev. A medida visa apoiar o esforço de paz e garantir a segurança a longo prazo do país. Durante a reunião, a questão humanitária também foi discutida, incluindo a troca de prisioneiros de guerra, a libertação de civis detidos e o retorno de crianças ucranianas transferidas à força. Ambos os países reafirmaram o compromisso com uma paz duradoura para a Ucrânia.


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Diálogo construtivo e próximos passos para a paz

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o diálogo com os Estados Unidos como "bom e construtivo", destacando que a sua delegação propôs três pontos essenciais para avançar no processo de paz: um “silêncio nos céus”, um “silêncio no mar” e “medidas reais de reforço da confiança”. Zelensky também frisou que a Ucrânia está pronta para aceitar a proposta do cessar-fogo de 30 dias, considerando-a um passo positivo.


O presidente dos EUA, Joe Biden, expressou a esperança de que a Rússia aceite a proposta de cessar-fogo, lembrando que, para alcançar a paz, é necessário o consentimento de ambos os lados. Esta semana, Biden deverá manter conversações com o presidente russo, Vladimir Putin, para avançar nas negociações.


A União Europeia manifestou apoio à proposta, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, a afirmarem que o acordo é um “desenvolvimento positivo” para uma paz justa e duradoura na Ucrânia. O primeiro-ministro britânico e o presidente francês também elogiaram o progresso feito nas negociações.


Maior ataque com drones ucranianos atinge Moscovo

Enquanto isso, a guerra continua a intensificar-se, com a Ucrânia a realizar o maior ataque com drones nos três anos de conflito. Na terça-feira, três pessoas morreram na região de Moscovo durante a ofensiva, e o Ministério da Defesa russo anunciou que abateu 337 drones em várias regiões, incluindo 91 nos arredores da capital. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, criticou o ataque, afirmando que o regime de Kiev está a atingir instalações sociais e edifícios residenciais.


Andriy Kovalenko, do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, por sua vez, apontou que este ataque é um "sinal adicional para Putin" de que ele também deve considerar um cessar-fogo no ar, num momento em que as negociações de paz ganham novos contornos.


M.S.


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