UE defende diálogo inclusivo como solução para crise em Moçambique
- Beatriz S. Nascimento
- 1 de fev.
- 2 min de leitura

A Missão de Observação da União Europeia (UE) às eleições gerais de outubro em Moçambique afirmou que a resolução da crise pós-eleitoral no país exige a inclusão de Venâncio Mondlane, líder da contestação aos resultados eleitorais, no diálogo político.
Durante a apresentação do relatório final da missão, em Maputo, a chefe da missão, Laura Ballarín, sublinhou que "não há solução política para esta crise sem um diálogo verdadeiramente inclusivo", o qual deve envolver Mondlane, antigo candidato presidencial. A declaração de Ballarín ocorreu após um encontro com o líder da contestação, que se tem manifestado aberto ao diálogo com o Presidente Daniel Chapo.
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Venâncio Mondlane e o diálogo com o Presidente Daniel Chapo
Mondlane, que não reconhece os resultados das eleições de 9 de outubro, que deram a vitória a Chapo, tem liderado uma série de protestos e manifestações no país, frequentemente marcados por confrontos violentos entre a polícia e os manifestantes. A sua ausência nas reuniões convocadas pelo chefe de Estado tem gerado tensões e questionamentos sobre a efetividade do diálogo político em Moçambique.
A missão da União Europeia também apontou irregularidades durante o processo eleitoral, incluindo a falta de liberdade para reuniões pacíficas e o uso excessivo da força pelas autoridades. O relatório final recomenda reformas nas estruturas de administração eleitoral e gestão de resultados, além de sublinhar a disponibilidade da UE para apoiar tecnicamente os esforços de reforma eleitoral em Moçambique.
Desde 21 de outubro, o país tem enfrentado intensos protestos que já resultaram em centenas de mortos, conforme relatado pela plataforma Decide.
B.N.
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