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UNITA faz vigília em Luanda por liberdade de imprensa e eleições justas

A vigília teve início as 19h00 locais frente à Rádio Nacional de Angola (RNA)
UNITA faz vigília em Luanda por liberdade de imprensa e eleições justas © Lusa/Ampe Rogério

Na noite de quinta-feira (8), dezenas de deputados, militantes e simpatizantes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) realizaram uma vigília pacífica em frente às instalações da Rádio Nacional de Angola (RNA), na capital, Luanda.


A ação foi promovida pelo grupo parlamentar da UNITA para exigir maior liberdade de imprensa, transparência no processo eleitoral e, também, para protestar contra as alegadas violações da Constituição e a censura imposta pelo Governo angolano.


Protesto pela liberdade de imprensa e tributo a Raul Danda

A vigília, que teve início às 19h00 locais, contou com a presença de figuras proeminentes do partido, como o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior. Os participantes, trajados com camisolas brancas e portando velas acesas e cartazes com mensagens como “defendemos a liberdade de imprensa” e “exigimos dignidade para os jornalistas”, sublinharam a necessidade urgente de um ambiente democrático e plural para Angola.


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A manifestação teve como objetivo também prestar homenagem a Raul Danda, patrono dos deputados da UNITA e ex-locutor da RNA, falecido em 2021, que foi um firme defensor das liberdades de expressão e de imprensa no país. Durante a vigília, foram entoados cânticos em memória de Danda, cujo legado pela liberdade de imprensa e pelos direitos humanos continua a inspirar o partido e seus apoiantes.


Críticas ao Governo e ao controle da comunicação estatal

Segundo o deputado Olívio Kilumbo, a manifestação visa protestar contra o que consideram ser o “controle e uso indevido” da RNA pelo Governo, que, segundo eles, estaria a distorcer o papel da rádio enquanto órgão estatal, prejudicando a democracia e o avanço do país. Para Kilumbo, a agressão à liberdade de imprensa é um reflexo de um “regime autoritário” que persegue aqueles que discordam do poder estabelecido.


A manifestação também levantou questões sobre as propostas do Governo angolano para a revisão da legislação eleitoral, com o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, a alertar para os riscos de retrocesso democrático caso o novo pacote legislativo seja aprovado sem as devidas correções. Costa Júnior destacou que a atual situação no país compromete as liberdades fundamentais e os valores democráticos conquistados com o processo de paz.


Ações de resistência e interferência policial

Durante a vigília, que também contou com a presença de parlamentares de outras províncias, o clima foi de resistência pacífica, apesar de tentativas de interferência por parte das autoridades policiais, que, segundo os organizadores, tentaram transferir o local do protesto para outra área, alegando uma interpretação errada da lei.


A UNITA reforçou que este ato simbólico é apenas uma das várias ações que pretende continuar a realizar em defesa da democracia, da liberdade de imprensa e de um processo eleitoral livre e justo em Angola.


M.S.


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