Áustria em luto após tiroteio fatal em escola secundária de Graz
- Monica Stahelin
- há 2 dias
- 2 min de leitura

Ataque deixou dez mortos e doze feridos – o mais grave da história recente do país.
A Áustria encontra-se mergulhada no luto após um ataque a tiro ocorrido na terça-feira (10) numa escola secundária em Graz, que resultou na morte de dez pessoas e deixou outras doze feridas.
O autor dos disparos, um ex-aluno de 21 anos, suicidou-se nas instalações do colégio logo após o ataque, que ocorreu na Escola Secundária Dreierschützengasse, no noroeste da cidade.
Sete das vítimas mortais eram estudantes, segundo a agência noticiosa APA. Seis raparigas e três rapazes morreram no local, e uma sétima rapariga viria a falecer no hospital. As autoridades encontraram na residência do atacante uma carta de despedida e uma bomba artesanal que não funcionava. A motivação do crime ainda não foi divulgada. A polícia confirmou que o jovem agiu sozinho, possuía licença legal para duas armas — uma pistola e uma caçadeira — e não tinha antecedentes criminais.
Vigília, dor e solidariedade no coração de Graz
Na noite de terça-feira, milhares de pessoas reuniram-se na praça principal de Graz para prestar homenagem às vítimas. Num ambiente de silêncio e consternação, acenderam-se velas junto à fonte do Arquiduque João, transformada num altar de luto e solidariedade. Jovens, familiares e residentes uniram-se em oração e contemplação, muitos emocionados, num gesto comovente que refletiu o choque sentido por toda a nação.
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Na quarta-feira, foi observado um minuto de silêncio às 10h00 em todo o país, e foram decretados três dias de luto nacional. As bandeiras foram colocadas a meia haste nos edifícios públicos. “Este é um dia negro na história do nosso país”, declarou o chanceler austríaco, Christian Stocker. “Uma escola é um espaço de confiança, de conforto e de futuro. Esse espaço foi violado.”
Filas formaram-se nos centros de doação de sangue em Graz, num gesto espontâneo de apoio às vítimas. “Queria fazer algo. Senti-me impotente com esta notícia”, confessou Johanna, de 30 anos. Já Stephanie Koenig, de 25 anos, afirmou: “Hoje é um dia difícil para todos. Estou aqui para doar sangue e ajudar quem precisa.”
A escola permanecerá encerrada até nova ordem, enquanto decorrem as investigações. O caso é o mais grave tiroteio registado na Áustria em tempos recentes, superando o ataque de 2020 em Viena, em que morreram quatro pessoas.
M.S.
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