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Palancas negras gigantes crescem na Reserva Natural do Luando

Palanca negra
Palancas negras gigantes crescem na Reserva Natural do Luando © Direitos Reservados

Relatório da Fundação Kissama revela aumento de 20% no número da espécie em 2024, reforçando esperança na conservação de um dos maiores símbolos nacionais de Angola.


A população de palancas negras gigantes registou um crescimento significativo na Reserva Natural Integral do Luando (RNIL), localizada na província de Malanje, Angola.


De acordo com o Relatório Anual de Atividades 2024 da Fundação Kissama, o número de exemplares subiu para 185 no final do ano passado, representando um aumento de cerca de 20% face à última estimativa, realizada em 2022.


Esta subida resulta de uma campanha intensiva de monitorização aérea, levada a cabo em julho de 2023 com recurso a um helicóptero e a técnicos especializados, incluindo uma veterinária com experiência no projecto desde 2019. A operação incluiu a imobilização de 25 animais, dos quais 22 eram palancas negras gigantes e três palancas ruanas, permitindo a colocação de dispositivos de rastreio como coleiras GPS e VHF. Em setembro, as ações foram complementadas por expedições com drones, de forma a superar as limitações causadas pela densa vegetação.


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Parque da Cangandala com população estável

Além da RNIL, o relatório destaca também o acompanhamento populacional no Parque Nacional da Cangandala (PNC), onde a monitorização é dificultada pela vegetação densa e pela presença dos animais num santuário vedado. Apesar disso, foi possível observar até 80 indivíduos numa única ocasião. A estimativa atual aponta para cerca de 120 palancas negras gigantes nesta área, embora a população pareça ter atingido um patamar de estagnação, segundo a Fundação. Como solução, sugere-se a ampliação ou remoção da vedação existente, para permitir maior mobilidade dos animais e recuperação do seu habitat.


Símbolo nacional e esforço contínuo de conservação

A Fundação Kissama reforça o valor ecológico e simbólico da palanca negra gigante, considerada um ícone nacional e uma espécie criticamente ameaçada de extinção. O projeto de conservação desenvolvido em torno desta espécie é apontado como um dos mais importantes da organização, que celebra este ano o seu 30.º aniversário.


O relatório inclui ainda dados sobre o Projeto Kitabanga, voltado para a proteção de tartarugas marinhas, que atingiu, na temporada 2024/2025, o marco de mais de cinco milhões de neonatos encaminhados para o mar em 18 pontos de monitorização ao longo da costa angolana.


Apesar dos desafios na angariação de fundos enfrentados em 2024, a Fundação conseguiu reunir apoios na ordem dos 950 mil dólares, provenientes de entidades nacionais e internacionais, garantindo a continuidade dos seus projetos de conservação.


M.S.


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