51% da população angolana tem baixo nível de literacia financeira
- Monica Stahelin
- 8 de abr.
- 2 min de leitura
Uma recente análise do Banco Nacional de Angola (BNA) revela que 51% da população do país apresenta um baixo nível de literacia financeira, o que tem levado o Governo a desenvolver uma Estratégia Nacional de Inclusão Financeira (ENIF) 2025-2027, com o objetivo de reverter esta situação.
De acordo com o documento do BNA, que está em consulta pública até o final de abril de 2025, apenas 25% da população angolana possui um bom nível de literacia financeira, o que reflete a necessidade urgente de políticas para melhorar a educação financeira no país. A situação é ainda mais grave em função de fatores estruturais, como os baixos níveis de formalização da economia, a falta de acesso a infraestruturas básicas (como eletricidade, telecomunicações e água), e os elevados índices de pobreza.
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Estratégia Nacional de Inclusão Financeira
A ENIF visa incluir financeiramente todas as pessoas, microempresas, pequenas e médias empresas, independentemente da localização geográfica ou da condição socioeconómica. A proposta da estratégia, que envolve tanto o setor público quanto o privado, busca garantir uma maior abrangência no acesso aos serviços financeiros, especialmente nas áreas mais periféricas do país. A implementação da estratégia será focada em segmentos prioritários, como mulheres, populações rurais, agricultores, trabalhadores informais, adolescentes e jovens.
O BNA destaca que a inclusão financeira é uma prioridade para o Governo de Angola e que a ENIF constitui a primeira ferramenta política do país a estabelecer as prioridades para avançar com a inclusão financeira. A proposta conta com o apoio técnico e metodológico do Banco Mundial e foi elaborada através de um processo consensual, envolvendo diversos intervenientes dos setores público e privado.
Desafios e compromissos para o futuro
Segundo o BNA, espera-se que o compromisso com a ENIF se mantenha constante até que a sua visão seja alcançada, sem ser afetado por calendários ou mudanças políticas. A estratégia define também as linhas estratégicas e o plano de ação para a sua implementação, bem como para a monitorização e avaliação contínua dos progressos. A comunicação clara e acessível será fundamental para garantir que todos os segmentos da população se beneficiem dessa inclusão financeira.
O desafio agora é garantir que as metas da ENIF sejam cumpridas, promovendo uma maior equidade no acesso aos serviços financeiros em Angola e contribuindo para a redução da desigualdade social e económica no país.
M.S.
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