Adolescente condenado por morte sádica de dois gatinhos em Londres
- Monica Stahelin
- 4 de ago.
- 2 min de leitura

Jovem de 17 anos confessou ter torturado animais para conter impulsos homicidas; juíza classificou o caso como “profundamente perturbador”.
Um adolescente foi condenado a 12 meses de detenção e formação após confessar ter matado de forma cruel dois gatinhos num campo de golfe em Ruislip, oeste de Londres. O jovem de 17 anos, cuja identidade não pode ser revelada por razões legais, admitiu ter esfaqueado, mutilado e queimado os animais com recurso a uma faca, uma tesoura e um maçarico. O caso chocou a opinião pública e foi descrito pelo tribunal como um dos piores crimes de crueldade contra animais alguma vez vistos.
Assassinato premeditado e impulsos violentos
Durante a audiência no Tribunal de Magistrados de Highbury Corner, foi revelado que o rapaz infligiu sofrimento aos gatos como forma de aliviar impulsos homicidas. Notas encontradas no seu telemóvel indicavam um fascínio por homicídios, rituais satânicos e formas de escapar à justiça. “Quero mesmo matar alguém”, escreveu o jovem, admitindo que já tinha esfolado, estrangulado e esfaqueado outros gatos.
A juíza Hina Rai descreveu o caso como “extremamente alarmante”, destacando o nível de planeamento envolvido. O rapaz terá procurado os gatinhos através de anúncios online, com o propósito explícito de os matar. Segundo a juíza, a escolha de gatinhos foi deliberada: “porque têm emoções e tu estavas numa posição de poder sobre eles”.
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Descoberta macabra e provas recolhidas
Os corpos dos dois gatinhos foram encontrados por transeuntes a 3 de maio, num trilho que atravessa o campo de golfe de Ruislip. Um dos animais estava pendurado numa árvore com uma corda vermelha ao pescoço, com o corpo aberto e os olhos em saliência. O segundo jazia no chão, igualmente mutilado e com sinais de queimaduras. Nas proximidades, foram encontrados instrumentos usados no crime, incluindo facas, uma tesoura e um maçarico com vestígios de sangue fresco.
A acusação informou que os dois adolescentes, um rapaz e uma rapariga, ambos de 17 anos, foram vistos de mãos dadas momentos antes do crime. O rapaz transportava os gatinhos numa transportadora. Ambos admitiram culpa pelos crimes de causar sofrimento desnecessário a animais e posse de armas brancas.
Perfil preocupante e antecedentes
Durante a sua detenção, o rapaz demonstrou comportamentos violentos, com registo de 46 incidentes, incluindo destruição da cela, insultos e linguagem racista. O seu telemóvel continha vídeos perturbadores de animais a serem mutilados e decapitados. Apesar disso, o advogado de defesa, Naushad Amide, afirmou que o jovem demonstrava interesse por psicologia e lamentava os seus atos.
A rapariga envolvida no caso será sentenciada em data futura. Declarou à polícia sentir arrependimento e garantiu que não repetiria os atos.
As autoridades alertam para a importância de detetar sinais de violência e perturbações psicológicas em jovens, de forma a prevenir a escalada para crimes mais graves.
M.S.
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É inacreditável e revoltante que alguém tão jovem seja capaz de tanta crueldade. Esse tipo de comportamento não pode ser ignorado, é um sinal claro de perigo real.