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Emirates proíbe uso de power banks por risco de incêndio


Aeronave da Emirates
Emirates proíbe uso de power banks por risco de incêndio © AP

A companhia aérea Emirates anunciou que, a partir de 1 de outubro, será proibida a utilização de power banks durante os voos, como parte de novas medidas de segurança que visam prevenir riscos associados a incêndios, explosões e libertação de gases tóxicos. A decisão surge após uma revisão interna de segurança e acompanha preocupações crescentes partilhadas por várias companhias aéreas e autoridades de aviação civil em todo o mundo.


Apesar da proibição de uso, os passageiros continuarão autorizados a transportar um power bank a bordo, desde que o dispositivo contenha informação visível sobre a sua capacidade. Este deve ser guardado no bolso do assento ou numa mala colocada sob o assento da frente, estando vedado o seu armazenamento nos compartimentos superiores. À semelhança do que já acontece noutras companhias, mantém-se a proibição de transporte destes dispositivos na bagagem de porão.


Baterias de lítio sob escrutínio

O foco da preocupação reside nas baterias de iões de lítio presentes nos power banks, que têm vindo a ser associadas a um número crescente de incidentes a bordo, devido ao risco de sobreaquecimento, sobretudo em casos de sobrecarga ou danos. Segundo a Emirates, o armazenamento acessível dentro da cabine permitirá à tripulação responder rapidamente, em caso de emergência.


"A utilização de power banks a bordo será proibida, uma vez que a sua utilização pode originar consequências perigosas como incêndios, explosões e libertação de gases tóxicos", referiu a companhia em comunicado. A Emirates salientou ainda o aumento significativo de passageiros que transportam este tipo de dispositivos, o que tem contribuído para a escalada de incidentes registados no setor da aviação.


Várias transportadoras asiáticas, como a Singapore Airlines, a Cathay Pacific e a Thai Airways, já aplicaram medidas semelhantes. Na Coreia do Sul, novas regras foram implementadas em março, após um incidente com fogo a bordo de um avião da Air Busan, em janeiro. Nos Estados Unidos, a Southwest Airlines exige agora que power banks estejam visíveis durante o voo, após registar múltiplos casos de sobreaquecimento.


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Regras internacionais e recomendações

De acordo com a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA), apenas são permitidas, na bagagem de cabine, baterias sobressalentes de dispositivos eletrónicos portáteis com capacidade entre 100 Wh e 160 Wh, com um máximo de duas por passageiro. Estas devem estar individualmente protegidas contra curto-circuitos e completamente desligadas.


A entidade alerta que qualquer bateria suplente deve ser transportada exclusivamente na cabine e nunca na bagagem despachada. Glenn Bradley, responsável pelas operações de voo da CAA, reforçou que o manuseamento adequado é essencial para reduzir riscos: "As baterias de lítio alimentam desde cigarros eletrónicos e telemóveis até câmaras e power banks. Se estiverem danificadas ou com defeito, podem causar incêndios intensos difíceis de controlar."


As autoridades recomendam que os passageiros consultem sempre a companhia aérea antes de viajar, caso tenham dúvidas sobre o transporte de baterias ou dispositivos eletrónicos.


M.S.


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