Alemanha lança rastreio obrigatório para serviço militar
- Beatriz S. Nascimento
- 26 de jul.
- 2 min de leitura
Todos os jovens do sexo masculino com 18 anos passarão a responder a questionário sobre disposição para servir no Exército
O Governo da Alemanha vai implementar um sistema de rastreio obrigatório para avaliar a disponibilidade dos jovens do sexo masculino, com 18 anos, para o serviço militar. A medida faz parte de uma nova proposta legislativa que poderá abrir caminho ao regresso da conscrição obrigatória no país, suspensa em 2011. A partir de 2028, todos os rapazes com essa idade terão de preencher um questionário. Já as raparigas poderão participar de forma voluntária.
A iniciativa, impulsionada pelo chanceler Friedrich Merz, surge num contexto de crescentes tensões com a Rússia e incertezas sobre o apoio dos Estados Unidos à segurança europeia. A Alemanha quer reforçar significativamente a capacidade das Forças Armadas (Bundeswehr), passando dos atuais 182 mil militares ativos para 260 mil.
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Incentivos e campanha de recrutamento em larga escala
Paralelamente ao rastreio, o Governo alemão prepara uma campanha publicitária intensiva para atrair mais voluntários. Estão a ser equacionados diversos incentivos, como cartas de condução subsidiadas, formação física profissional, cursos de línguas para estrangeiros, além de alojamento gratuito, cuidados de saúde e transporte ferroviário sem custos.
O objetivo é aumentar, gradualmente, o número de recrutas anuais em 3.000 a 5.000 elementos. Até 2031, o Bundeswehr pretende admitir cerca de 40 mil novos elementos por ano, incluindo mulheres. O plano também prevê contar com uma força de reserva de 200 mil pessoas.
Aumento recorde do orçamento de defesa
Para sustentar o ambicioso plano de expansão militar, a Alemanha pretende quase triplicar o orçamento regular de defesa, elevando-o para aproximadamente 162 mil milhões de euros até 2029.
A proposta, ainda em fase de projeto, inclui também a possibilidade de reintroduzir formalmente o serviço militar obrigatório, caso o Parlamento aprove e a situação de segurança o justifique.
B.N.
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