Após três dias de violência, Luanda retoma rotina habitual
- Monica Stahelin
- 31 de jul.
- 2 min de leitura

Após três dias de intensos confrontos e paralisação, Luanda começa a recuperar a sua rotina habitual. A manhã desta quinta-feira foi marcada por um regresso gradual ao normal, com o trânsito a fluir de forma regular e o movimento nas ruas a crescer, apesar da visível presença policial.
Impacto dos tumultos e consequências
Os dias de protesto foram desencadeados pela greve dos taxistas, em oposição à subida dos preços dos combustíveis e das tarifas de transporte público. A paralisação levou a violentos tumultos e pilhagens que resultaram em 22 mortos, 197 feridos e 1.214 detenções, conforme os dados fornecidos pelas autoridades.
Em diversas zonas da cidade, as imagens de destruição, como pneus queimados nas estradas, ainda eram visíveis, mas a situação gradualmente estabilizava. A Via Expressa, que liga o Zango a Cacuaco, estava tranquila, e as bombas de combustível, embora com pouca adesão, começaram a operar com alguma normalidade, muitas com vigilância policial.
As lojas e os armazéns de comerciantes, especialmente os de origem chinesa, continuavam a ser monitorados pelas forças de segurança, e os populares, como os mototaxistas e os vendedores ambulantes, voltavam a ocupar as ruas.
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Repercussões no comércio e distribuição
Os danos causados pelas pilhagens afetaram diretamente o setor comercial. A ECODIMA, entidade que representa as empresas de comércio e distribuição moderna de Angola, descreveu os acontecimentos como um verdadeiro “desastre”. O impacto foi visível nas lojas saqueadas e no caos que se seguiu aos episódios de violência.
O Governo, que classificou os distúrbios como “atos de vandalismo”, levou o caso ao Conselho de Ministros, com o ministro do Interior, Manuel Homem, a apresentar o balanço dos danos. A calma começa, agora, a ser restabelecida, embora a recuperação total da cidade leve ainda algum tempo.
M.S.
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