Ataques israelitas em Gaza causam pelo menos 48 mortos, incluindo crianças
- Monica Stahelin
- 14 de mai.
- 2 min de leitura

Pelo menos 48 pessoas morreram na sequência de uma série de ataques aéreos israelitas durante a noite de terça-feira (13) no norte da Faixa de Gaza, informou o Hospital Indonésio, localizado na região. Entre as vítimas mortais estão 22 crianças e 15 mulheres, após várias habitações terem sido atingidas na cidade e no campo de refugiados de Jabalia. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram vários corpos no chão do local.
As Forças de Defesa de Israel disseram estar a investigar os relatos. Na véspera, o exército israelita havia emitido avisos à população de Jabalia e zonas adjacentes para que evacuassem, após o lançamento de rockets a partir de Gaza por um grupo armado palestiniano.
ONU apela à intervenção para travar genocídio
No mesmo dia, em Nova Iorque, o responsável pelas questões humanitárias das Nações Unidas, Tom Fletcher, pediu ao Conselho de Segurança da ONU que tome medidas imediatas para "prevenir um genocídio" em Gaza. O diplomata acusou Israel de impor, de forma "deliberada e sem pudor", condições desumanas à população civil do território.
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Fletcher apelou ainda ao fim do bloqueio de Gaza, que já dura há mais de dez semanas, e criticou o plano israelo-americano de assumir o controlo da distribuição da ajuda humanitária no enclave palestiniano.
Em resposta, o embaixador israelita junto das Nações Unidas, Danny Danon, afirmou que a ajuda internacional tem sido usada para apoiar o esforço de guerra do Hamas.
Ofensiva intensifica-se no sul com novo ataque mortal
Na terça-feira, outro ataque israelita teve como alvo o complexo hospitalar europeu, no sul de Gaza, resultando em pelo menos 28 mortos, segundo fontes locais. O ataque teria como objetivo Mohammed Sinwar, apontado como o sucessor do seu irmão Yahya Sinwar na liderança do Hamas em Gaza, após este ter sido morto por forças israelitas em outubro do ano anterior.
O exército israelita descreveu a operação como uma "ação cirúrgica contra elementos do Hamas que operavam a partir de um centro de comando e controlo subterrâneo" sob as instalações hospitalares.
Conflito intensifica-se enquanto negociações prosseguem
Em paralelo, os enviados especiais dos EUA, Steve Witkoff e Adam Boehler, anunciaram uma deslocação ao Qatar com o objetivo de relançar negociações para um possível cessar-fogo e libertação de reféns.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que irá alargar a ofensiva militar em Gaza caso o Hamas não liberte os 58 reféns que ainda mantém sob custódia.
A ofensiva militar de Israel teve início após o ataque de 7 de outubro de 2023, em que cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251 feitas reféns por militantes do Hamas. Desde essa altura, mais de 52 mil pessoas terão perdido a vida na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território, sob gestão do Hamas.
M.S.
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