Biden não vai banir TikTok, deixando decisão para Trump
- Monica Stahelin
- 17 de jan.
- 2 min de leitura

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu não aplicar o banimento do TikTok, que deveria entrar em vigor no dia 19 de janeiro, um dia antes do fim de seu mandato. A medida, que exigiria a venda da plataforma pela empresa-mãe chinesa ByteDance, deixa a decisão final sobre o futuro do aplicativo para o presidente eleito, Donald Trump.
Lei de 2020 exige venda do TikTok até 19 de janeiro
Em 2020, o Congresso dos EUA aprovou uma lei, assinada por Biden, que obrigava a ByteDance a se desfazer do TikTok até 19 de janeiro, por preocupações relacionadas à segurança nacional. O governo de Biden optou por não implementar o banimento, permitindo que a decisão sobre o cumprimento da lei seja tomada pela administração de Trump, que assumirá a presidência no dia 20 de janeiro.
Embora tenha sido um crítico do TikTok durante sua presidência, Trump mudou de postura nos últimos meses. Durante sua campanha presidencial de 2024, ele usou a plataforma para se conectar com eleitores mais jovens, especialmente homens, ao impulsionar conteúdos virais. O presidente eleito se comprometeu a manter o aplicativo disponível nos Estados Unidos, embora sua equipe de transição ainda não tenha detalhado como pretende resolver a questão.
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TikTok poderá ser salvo, mas desafios continuam
O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, é esperado na cerimônia de posse de Trump, onde ocupará um lugar de destaque, ao lado de outros grandes nomes da tecnologia. O conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, sugeriu que a administração do republicano pode adotar medidas para “evitar que o TikTok seja retirado do ar”. De acordo com Waltz, a legislação atual permite uma extensão do prazo de venda, caso um acordo viável esteja sendo negociado.
A tentativa de salvar o TikTok gerou discussões bipartidárias no Congresso. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, pediu a Biden uma extensão do prazo para evitar prejuízos a milhões de usuários e influenciadores da plataforma. No entanto, a proposta foi bloqueada pelo senador republicano Tom Cotton, que tem se mostrado firme em sua oposição ao aplicativo, acusando-o de ser uma ferramenta de espionagem do governo chinês.
Com o futuro do TikTok ainda incerto, o Supremo Tribunal dos EUA está avaliando um desafio legal à lei que obriga a ByteDance a vender o aplicativo. Caso o tribunal confirme a constitucionalidade da lei, Trump poderá adotar medidas para garantir a continuidade do TikTok nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que promete proteger os dados dos usuários.
M.S.
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