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Caprice Bourret fala sobre insegurança em Londres por antissemitismo

Caprice Bourret
Caprice Bourret fala sobre insegurança em Londres por antissemitismo © Getty

A ex-modelo e empresária de origem judaica, que vive na capital britânica há mais de 30 anos, afirma que o clima atual tem abalado o seu senso de segurança, especialmente após o aumento de atos antissemitas.


O medo pela segurança familiar

Aos 53 anos, Caprice Bourret, que fez carreira como modelo nos anos 90 e participou de campanhas para marcas como Diet Coke e Pizza Hut, admitiu em entrevista ao MailOnline que a crescente onda de antissemitismo a fez questionar a sua segurança e a da sua família. A ex-modelo e o seu marido, o financista norte-americano Ty Comfort, vivem em Londres com os filhos gémeos, Jax e Jett, de 11 anos. A sua preocupação tornou-se tão grande que, recentemente, foi forçada a tomar medidas drásticas para proteger os seus filhos.


“Foi uma decisão muito difícil, mas tive que retirar a mezuzá da minha porta. Tive medo pela segurança dos meus filhos”, afirmou. A mezuzá, um pequeno recipiente com versículos da Torá, é um símbolo tradicional da fé judaica e é colocada nas ombreiras das portas das casas judaicas.


O aumento do antissemitismo no Reino Unido

O relato de Caprice Bourret reflete uma tendência alarmante que tem afetado a comunidade judaica no Reino Unido. De acordo com a Community Security Trust (CST), organização dedicada à segurança da comunidade judaica britânica, o número de incidentes antissemitas em 2023 foi recorde, com mais de 4.000 ocorrências registadas, incluindo abusos verbais, vandalismo e ameaças direcionadas a indivíduos e locais de culto judaicos.


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Esta escalada de violência e hostilidade tem sido particularmente notável desde o início do conflito entre Israel e Gaza, em outubro de 2023, o que gerou um aumento significativo de tensões e ataques contra judeus em várias partes do Reino Unido.


Apesar das dificuldades, Bourret diz que este período de insegurança a aproximou ainda mais da sua fé e da comunidade judaica. “Isso fez-me aproximar ainda mais do judaísmo e da minha comunidade”, partilhou.


A solidariedade de outros artistas judaicos

A atriz Dame Maureen Lipman também tem expressado preocupação sobre a crescente exclusão de vozes judaicas na cultura britânica. Em declarações recentes, Lipman criticou a tendência de artistas judeus serem marginalizados em festivais e eventos culturais, a menos que condenem publicamente o governo de Israel. Esta exigência, segundo ela, não é feita a outros grupos religiosos ou étnicos e é um reflexo do que ela chamou de "antissemitismo institucional disfarçado de valores progressistas".


O aumento das tensões e da hostilidade contra os judeus no Reino Unido tem gerado um debate mais amplo sobre a liberdade de expressão, identidade religiosa e o lugar das comunidades minoritárias no cenário cultural britânico.


M.S.


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