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Chapo defende uma CPLP centrada na mobilidade e cidadania plena

Daniel Chapo, na abertura da 14ª sessão ordinária da Assembleia Parlamentar da CPLP
Chapo defende uma CPLP centrada na mobilidade e cidadania plena © AP-CPLP

O Presidente moçambicano apela ao reforço da solidariedade e cooperação entre os países lusófonos.


O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, afirmou esta segunda-feira em Maputo a necessidade de edificar uma Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) baseada numa cidadania lusófona concreta, sustentada pela mobilidade, pela protecção social e pela solidariedade entre os Estados-membros.


A intervenção do chefe de Estado moçambicano ocorreu durante a cerimónia de abertura da 14.ª sessão ordinária da Assembleia Parlamentar da CPLP (AP-CPLP), um evento de dois dias que reúne os presidentes das Assembleias Nacionais dos países-membros, à excepção da Guiné-Bissau, ausente devido à dissolução do seu parlamento em Dezembro de 2023.


Compromisso com a cidadania e os direitos humanos

Daniel Chapo sublinhou que a CPLP deve ser mais do que uma comunidade de afectos, devendo consolidar-se como um espaço de partilha de responsabilidades, de promoção da diversidade e de reconhecimento mútuo de direitos. “Este ideal de cidadania partilhada deve orientar os nossos esforços governativos e legislativos, para que os cidadãos dos nossos Estados se reconheçam mutuamente como parte de um mesmo espaço de pertença e de cooperação solidária”, afirmou.


O Presidente destacou ainda a importância da CPLP como comunidade comprometida com a paz, a soberania e a dignidade humana, acrescentando que os actuais desafios globais, como a instabilidade geopolítica, as alterações climáticas, a insegurança alimentar e a desigualdade social, exigem respostas coordenadas e soluções multilaterais.


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Diplomacia parlamentar e capacitação institucional

Segundo o líder moçambicano, a Assembleia Parlamentar da CPLP precisa desempenhar um papel mais dinâmico na diplomacia entre os países lusófonos, incentivando a adopção de boas práticas de governação democrática e a defesa dos direitos humanos. A mobilidade dos cidadãos, o intercâmbio de saberes e o desenvolvimento sustentável foram apontados como eixos fundamentais para o fortalecimento da comunidade.


Chapo destacou ainda a necessidade de acções concertadas de capacitação institucional, com especial enfoque nas áreas da educação, cultura, justiça, ambiente, gestão pública e turismo. Defendeu também uma maior inclusão da juventude nas agendas legislativas e de desenvolvimento, para que a CPLP se afirme como um espaço de diálogo intergeracional.


No encerramento da sua intervenção, o Presidente reiterou a disposição de Moçambique em contribuir activamente para o reforço dos mecanismos de solidariedade e cooperação no seio da CPLP. “Acreditamos no poder da cooperação entre os nossos países como alavanca para o progresso partilhado”, declarou, apelando a uma acção conjunta e decidida pela paz, pelo desenvolvimento e pela cidadania no espaço lusófono.


M.S.


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