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Descoberta macabra no México: vala comum com dezenas de corpos em sacos

Descoberta macabra no México
Descoberta macabra no México: vala comum com dezenas de corpos em sacos © AP

Pelo menos 17 vítimas já foram identificadas entre os restos mortais encontrados num estaleiro de construção na cidade de Zapopan, no estado de Jalisco.


As autoridades mexicanas anunciaram a identificação de 17 das 34 vítimas cujos restos mortais foram descobertos numa vala comum no município de Zapopan, estado de Jalisco, México. A descoberta foi feita em fevereiro por trabalhadores da construção civil, que encontraram 169 sacos contendo partes humanas no local.


A Procuradoria do Estado revelou que o caso está a ser tratado como parte de uma investigação mais ampla sobre desaparecimentos forçados, uma crise que tem assolado o país nas últimas décadas. Estima-se que os corpos tenham sido enterrados no local após actos de violência ligados ao crime organizado.


Cartéis e desaparecimentos: um cenário preocupante

Esta não é a primeira vez este ano que o estado de Jalisco se vê envolvido em casos de grande repercussão relacionados com desaparecimentos. Em março, uma organização de busca de pessoas desaparecidas encontrou restos humanos e vestígios de roupa num rancho alegadamente utilizado pelo Cartel Jalisco Nova Geração. Nesse caso, conhecido como “Rancho Izaguirre”, foram detidas 15 pessoas, incluindo o presidente da câmara de uma cidade vizinha.


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Nos últimos 20 anos, o México registou centenas de milhares de pessoas desaparecidas. Entre 2020 e 2022, o número inscrito no registo nacional do Ministério do Interior aumentou de cerca de 73 mil para mais de 100 mil. A maioria das vítimas são homens entre os 15 e os 30 anos, provenientes de meios socioeconómicos mais desfavorecidos, segundo a Comissão Nacional de Busca (CNB).


Organizações de direitos humanos apontam responsabilidades tanto a grupos criminosos como a forças de segurança estatais. O caso mais recente, de nove estudantes encontrados com as mãos decepadas dentro de um carro abandonado, em San José Miahuatlán, a cerca de 280 quilómetros da Cidade do México, aumentou ainda mais a indignação pública.


As autoridades mexicanas garantem que continuam a investigar os casos e a procurar soluções para combater os desaparecimentos forçados e o avanço dos cartéis, mas as famílias das vítimas exigem maior celeridade, justiça e segurança.


B.N.


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