Descoberta macabra no México: vala comum com dezenas de corpos em sacos
- Beatriz S. Nascimento
- há 23 horas
- 2 min de leitura

Pelo menos 17 vítimas já foram identificadas entre os restos mortais encontrados num estaleiro de construção na cidade de Zapopan, no estado de Jalisco.
As autoridades mexicanas anunciaram a identificação de 17 das 34 vítimas cujos restos mortais foram descobertos numa vala comum no município de Zapopan, estado de Jalisco, México. A descoberta foi feita em fevereiro por trabalhadores da construção civil, que encontraram 169 sacos contendo partes humanas no local.
A Procuradoria do Estado revelou que o caso está a ser tratado como parte de uma investigação mais ampla sobre desaparecimentos forçados, uma crise que tem assolado o país nas últimas décadas. Estima-se que os corpos tenham sido enterrados no local após actos de violência ligados ao crime organizado.
Cartéis e desaparecimentos: um cenário preocupante
Esta não é a primeira vez este ano que o estado de Jalisco se vê envolvido em casos de grande repercussão relacionados com desaparecimentos. Em março, uma organização de busca de pessoas desaparecidas encontrou restos humanos e vestígios de roupa num rancho alegadamente utilizado pelo Cartel Jalisco Nova Geração. Nesse caso, conhecido como “Rancho Izaguirre”, foram detidas 15 pessoas, incluindo o presidente da câmara de uma cidade vizinha.
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Nos últimos 20 anos, o México registou centenas de milhares de pessoas desaparecidas. Entre 2020 e 2022, o número inscrito no registo nacional do Ministério do Interior aumentou de cerca de 73 mil para mais de 100 mil. A maioria das vítimas são homens entre os 15 e os 30 anos, provenientes de meios socioeconómicos mais desfavorecidos, segundo a Comissão Nacional de Busca (CNB).
Organizações de direitos humanos apontam responsabilidades tanto a grupos criminosos como a forças de segurança estatais. O caso mais recente, de nove estudantes encontrados com as mãos decepadas dentro de um carro abandonado, em San José Miahuatlán, a cerca de 280 quilómetros da Cidade do México, aumentou ainda mais a indignação pública.
As autoridades mexicanas garantem que continuam a investigar os casos e a procurar soluções para combater os desaparecimentos forçados e o avanço dos cartéis, mas as famílias das vítimas exigem maior celeridade, justiça e segurança.
B.N.
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