Divaldo Franco, líder espírita, morre aos 98 anos em Salvador
- Monica Stahelin
- 14 de mai.
- 2 min de leitura

Divaldo Franco, médium e uma das maiores personalidades do espiritismo no Brasil, faleceu aos 98 anos na terça-feira (13), em Salvador. Sua morte ocorreu em consequência de complicações de um cancro na bexiga, diagnosticado em novembro de 2024, e falência múltipla dos órgãos. O óbito foi confirmado às 21h45, na sua residência, situada na Mansão do Caminho, onde recebia atendimento médico em casa.
Legado e atuação no espiritismo
Nascido em Feira de Santana, Divaldo dedicou mais de 70 anos de sua vida ao espiritismo. Sua trajetória ganhou destaque em 1952, quando fundou a Mansão do Caminho, um centro espírita que acolhe e educa milhares de crianças em situação de vulnerabilidade social. Ao longo das décadas, a instituição se expandiu, oferecendo escolas, cursos profissionalizantes e serviços de saúde. O trabalho de Divaldo, financiado por vendas de livros mediúnicos e gravações de palestras, impactou inúmeras famílias de baixa renda.
Divaldo também foi autor de mais de 250 livros, muitos deles psicografados, e teve sua biografia publicada em 2015 pela jornalista Ana Landi. Sem filhos biológicos, ele era reconhecido como "pai" de centenas de pessoas que acolheu e educou ao longo dos anos.
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Cerimônias e despedida
A Mansão do Caminho realizará um ato aberto ao público nesta quarta-feira (14), das 9h às 20h, para que as pessoas possam prestar suas últimas homenagens. O sepultamento ocorrerá na quinta-feira (15), no Cemitério Bosque da Paz, sem cortejo e com o caixão fechado, conforme a vontade do médium.
Contribuições sociais e movimento "Você e a Paz"
Uma das principais contribuições de Divaldo para a sociedade foi a criação, em 1998, do "Movimento Você e a Paz". Este evento ecumênico, realizado anualmente em Salvador, reuniu multidões para reflexões sobre a paz e a união entre diversas religiões. O evento cresceu significativamente, sendo realizado em mais de 75 cidades de 14 países.
Últimos anos e luta contra o cancro
Nos últimos meses, Divaldo enfrentou sérios problemas de saúde. Após o diagnóstico de cancro na bexiga, ele passou por sessões de radioterapia e quimioterapia, mas continuou a ser um exemplo de dedicação ao trabalho espírita. Em fevereiro de 2025, foi internado novamente para tratar uma infecção urinária, mas se recuperou e continuou sua rotina de cuidados médicos em casa.
O médium, que sempre foi uma voz ativa no movimento espírita e na transformação social, deixa um legado indelével, não apenas pela sua mediunidade, mas também pelas centenas de vidas tocadas por seu trabalho.
M.S.
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