Dois Satélites Portugueses Lançados com Sucesso ao Espaço
- Monica Stahelin
- 15 de jan.
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de jan.

Na terça-feira, 15 de janeiro de 2024, dois satélites portugueses foram lançados com êxito para o espaço, marcando um passo significativo na participação de Portugal no setor espacial. O lançamento ocorreu a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, com o auxílio de um foguetão Falcon 9, da SpaceX. O Prometheus-1, desenvolvido pela Universidade do Minho, e o PoSAT-2, da LusoSpace, ultrapassaram os 100 quilómetros de altitude e entraram em órbita, tornando-se os quarto e quinto satélites portugueses a serem lançados, após os anteriores nanossatélites ISTSat-1 e Aeros MH-1, em 2024, e o PoSAT-1, em 1993.
O Prometheus-1, um satélite cúbico com apenas 5 centímetros de lado e pesando 250 gramas, ficará a cerca de 500 quilómetros de altitude. Desenvolvido pela Universidade do Minho, o satélite tem como objetivo recolher dados úteis para a comunidade científica e académica, sendo o segundo nanossatélite construído por uma instituição universitária portuguesa, após o ISTSat-1. O PoSAT-2, por sua vez, faz parte de uma constelação de 12 microssatélites para monitorização do tráfego marítimo. Este satélite foi projetado para utilizar o sistema VDES (VHF Data Exchange System), permitindo a troca bidirecional de mensagens de aviso, comunicação e emergências entre a Terra e os navios.
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O PoSAT-2, que custa cerca de um milhão de euros, foi completamente construído nas instalações da LusoSpace, em Lisboa, e é o primeiro de uma série de satélites para o setor da monitorização marítima. Os primeiros contactos com a Terra são esperados para abril. A LusoSpace já planeia a construção dos restantes 11 satélites da constelação, com lançamento previsto para 2025 e 2026. Este projeto, com um custo total de 15 milhões de euros, conta com o apoio de 10 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Durante a transmissão ao vivo, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, destacou o papel da Universidade do Minho na vanguarda do setor espacial, que tem ganho uma importância crescente na Europa. “É muito importante que Portugal participe neste desafio europeu”, afirmou.
Além dos satélites lançados, o Prometheus-1 foi também concebido como uma ferramenta de ensino para alunos de áreas como engenharia aeroespacial e telecomunicações. A colaboração científica envolveu a Universidade de Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, e o Instituto Superior Técnico (IST).
Este lançamento marca mais um marco na crescente contribuição de Portugal para a exploração espacial, com projetos que envolvem tanto instituições académicas como empresas do setor.
R.A.
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